29 de jul. de 2002

Nem tudo são flores

A cerca de um ano uma cooperativa de moradores de baixa renda de um morro perto da Urca vêem tentando implantar um quiosque para venda de mudas e flores. O trabalho pioneiro no Rio e que conta com verba da Unesco está ameaçado de ruir pois a autorização para o quiosque está emperrada numa das subprefeituras do Rio.

Simplesmente o custo de quiosque padrão é de R$ 4.500 (babem), a cooperativa levantou um quiosque de madeira e dentro das especificações que a Prefeitura exigia. Mas o impasse continua porque o material utilizado (madeira) não condizia com o material requisitado (estrutura metálica).

Aí cabe a pergunta: A quem beneficia mandar ser a construção dos quiosques em estruturas metálicas? Porquê o referido quiosque em madeira não pode ser legalizado se cumpriu com as dimensões exigidas?

Vale salientar que estes operários gastaram em torno de R$ 1.000 e poucos reais para montar uma estrutura para vender o produto deles: mudas e flores que ajudam a reflorestar e a evitar deslizamentos de terra nas encostas. Um trabalho de cidadania também vem sendo implantado nesta comunidade e que está sendo bombardeado, pois sem dinheiro, o pequeno grupo formado já dá sinais de inquietação e rompimento.

Triste cenário brasileiro. Depois não reclamem quando os mortos sairem de suas covas e o pobres promoverem um banho de sangue.

PS: ao que parece o problema são com os fiscais, que sendo um programa da UNESCO não tem como receber uma caixinha...

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