Porque o sistema eleitoral da Flórida é tão corrupto?
Depois do escândalo das últimas eleições presidenciais no Estado da Flórida que levou a uma recontagem de 36 dias. O eleitor norte-americano vai descobrir que pouco foi feito para tentar impedir os 'erros' cometidos em 2000.
Desde 2002 que novos sistemas de vottação foram testados na Flórida, todos sem sucesso. Sistemas de leitura digital falharam sistematicamente nas primárias de março deste ano. E o que vai fazer o poder estadual? Impedir a recontagem das máquinas que derem problemas. Ou seja, ao invés de tentar garantir o voto a todos os cidadãos aptos à esse exercício, irão fazer o contrário. No plesbicito venezuelano de 2004 essas máquinas foram utilizadas, com êxito, e ainda davam um recibo, para uma futura recontagem. Será o medo que leva o governador da Flórida, Jeb Bush, a evitar a recontagem?
Há também o voto por correio, que até então era o mais segura pois obrigava a presença de uma testemunha, mas, recentemente o proeminente governador e irmão do presidente ianque, sancionou uma lei que dispensa este reconhecimento formal do eleitor.
A democracia norte-americana é tão magnífica que desde 1845 que os mortos da Flórida participam de votação e ajudam a eleger seus governantes. Abram os olhos, pois é este tipo de democracia que anda sendo vendido pelos jornais como o supra-sumo dos sistemas de governo.
O mais tocante é que a Flórida é um dos sete estados daquela federação que não atualiza automaticamente a lista de votantes libertados da prisão. E para conseguir o seu direito de volta, tem que ultrapassar árduos obstáculos. Como disse um funcionário do Departamento de Correção da Flórida, 'o irmão do presidente decide quem vai votar e quem não vai'. Como mais da metade da população da Flórida é de afro-americanos que, em sua maioria, votam nos democratas, já viu o que vai dar. As últimas contagens indicam que por volta de 600 mil eleitores não poderão exercer seu direito de voto em noembro próximo.
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