24 de jul. de 2003

O quê o futuro guarda para o Brasil?


No futebol vemos um futuro promissor. Atingimos um nível de excelência onde, graças as nossas particularidades, só perdermos para nos mesmos. Parte do caos administrativo, parte da penúria de nossa nação, mas mesmo assim, produzimos craques à montão. São Rivaldo, Ronaldo, Romário, hoje; Zico, Sócrates, Falcão, Bebeto, ontem; Romeu, Leônidas, Nilton Santos, Didi, Gérson, Rivelino,Tostão, história; Pelé e Garrincha, eternidade.

E amanhã teremos Diego, capaz de dar um balão, tal qual fez Romário contra o Uruguai, lindo, no meio de campo, milimetricamente executado no norte-americano que não lembro o nome; o Robinho e suas pedaladas; Kaká com a fleugma de um lorde inglês ao tentar o arremate final; o jovem Nilmar, magro, aparência franzina, mas que se transforma com a bola nos pés. Que jogo contra os EUA está fazendo esta sub-23, muito bom.


No político vemos uma reviravolta sem precedentes na América Latina. Se será bom ou ruim, não sei. O quê sei é que um novo paradigma surgiu. Afinal alguém acha que é fácil um Rei abrir as portas para receber a mulher de um trabalhador? No caso brasileiro e parodiando Zuenir, a elite partiu. A ascensão de Lula e do PT ao poder introduziu novos jogadores num, então, grupo fechado. Grupo este que estava sendo capitaneado pelo PSDB e que ainda não digeriu a derrota. Este seleto grupo é daqueles responsáveis pela transição lenta de ditadura para democracia, transição essa lenta e acordada. A manutenção dos antigos cacifes e outras aberrações políticas de nossa terra encalacrou um processo que só veio se resolver 13 anos depois, quando a elite se dividiu e a eleição de Lula foi possível. As próximas eleições será uma guerra sem fim que será promovida pelo PSDB, o partido do medo. As lamentações já começaram com o medo da violência nas grandes cidades, vindo do narcotráfico; no campo, vindo do MST.


No social há a possibilidade do medo vencer. O abismo entre pessoas é enorme, as redes sociais foram deterioradas, não interessando por quem, mas que as providências sejam tomadas a tempo ou do contrário a nossa guerra civil se mostrará real. Por enquanto a Pastoral da Terra e outros grupos similares seguram o povo, mostrando que tendo fé que irá mudar, mudará.

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