13 de jul. de 2005

O Mensalão e a Matemática

por WAGNER DIAS DE MEDEIROS - retirado do blog da Tereza Cruvinel

Um pouco de humor. O Prof. Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes, envia-nos, dando curso a "corrente", o texto produzido por estudantes de engenharia, sobre a "Matemática do Mensalão", mexendo (óbvio) com seus colegas da área de "comunicação social", onde a matemática não costuma ser o forte...Estudantes de Engenharia estão divulgando esse texto, que além de bem-humorado, faz algum sentido: Use seu senso detetivesco e acompanhe com eles as investigações sobre o "crime da mala";Segundo Roberto Jefferson, o mensalão do PT era transportado em malas.Primeira questão: você transportaria uma alta quantia de dinheiro em uma mala enorme, com todo o ar de coisa suspeita? Numa discreta valise de executivo, talvez. Uma destas valises mede 40cm de largura por 35cm de comprimento, tendo em torno de 5cm de profundidade. Uma nota de 50 ou 100 reais tem 12cm X 6cm, logo uma valise comportaria com segurança quatorze maços de quinhentas notas o que equivale a sete mil notas.

Ainda, segundo Roberto Jefferson, o mensalão era de trinta mil reais, o que em notas de cem daria um paco de trezentas notas de cem. Levando-se em conta que esse dinheiro não poderia ser depositado em conta corrente, o jeito era levar pra casa e ir gastando. Você já tentou trocar uma nota de cem? Bem, trocar trezentas notas de cem não deve ser fácil , mesmo para um deputado. Então vamos supor que o mensalão fosse pago em notas de cinqüenta. Jefferson disse que a bancada do PP, que é composta de 53 deputados, e a do PL, com 55, recebiam o mensalão de 30 mil reais. O que dá um total de 108 mensalistas, recebendo a quantia de três milhões, duzentos e quarenta mil reais por mês, o que em notas de 50 equivale a 64.880 notas, que seriam então transportadas em nove malas, já que cada mala carrega sete mil notas. As malas iriam então com trezentos e cinqüenta mil reais, ou seja dez deputados e 1/6 de um.

Como não existe alguém 1/6 corrupto, vamos assumir dez malas, para juntar numa mais vazia os pedaços de corruptos que sobram. Ainda segundo Jefferson, o pagamento aos dirigentes de partidos era feito numa sala ao lado da sala do Chefe da Casa Civil, em pleno Palácio de Governo, por Delúbio Soares, que não ocupava cargo nenhum no mesmo Governo. Delúbio levaria todo os meses dez malas para dentro do Palácio, para entregar a dirigentes de partidos. Tudo isso discretamente, sem chamar a atenção de ninguém. Delúbio só tem duas mãos. Também não seria muito simples entrar no Palácio com alguns carregadores ou com um daqueles carrinhos de aeroporto, logo, ele poderia transportar - no máximo- duas malas, o que já seria muito suspeito. Alguém anda por aí com uma mala de executivo em cada uma das mãos, sem que ninguém repare? Delúbio teria de entrar então, discretamente. Com uma mala de cada vez. O que daria dez viagens num mesmo dia. Impossível passar desapercebido.

Um terço de mensalão, só em mala. E de onde viria tanto dinheiro? Segundo Karina Sommagio das empresas de Marcos Valério, um corruptor tão ingênuo que deixa seu Office-boy, que deve ganhar menos de quinhentas pratas ao mês, sacar em dinheiro das contas da empresa um milhão de reais e vir tranquilão, com três valises, ou uma grande mala pelas ruas de Belo Horizonte, uma cidade sem nenhuma violência e com os Office-boys mais honestos do mundo, pois, embora trabalhem para corruptores de deputados, jamais pensaram em sacanear seus patrões e fugir com a grana direto pro Aeroporto da Pampulha, morrendo de rir do babaca do patrão que não pode nem dar queixa à polícia. Senhores, essa história tem mais furos do que queijo suíço e só há uma explicação para a imprensa não ter parado para fazer essa conta: jornalistas não sabem matemática. Por isso, prestaram vestibular para COMUNICAÇÃO SOCIAL. VIVA A ENGENHARÍA!!!

O grande erro da cúpula petista foi ao ter encontrado em Brasília, uma máquina de arrecadação de dinheiro que era usada, há décadas para, desde a pura e simples compra de parlamentares(200 mil para a reeleição de FHC) ao financiamento de campanhas, até, como não poderia deixar de ser, o enriquecimento próprio. Ao que tudo indica, esta cúpula dirigente usou a mesma máquina, para comprar deputados de partidos fisiológicos, a fim de garantir a tal governabilidade e pagar dívidas de campanha. Pelo menos não houve enriquecimento próprio, se é que isso serve de atenuante de culpa. E agora, os mesmos caras que inventaram a maquininha, se arvoram de reserva moral da nação, com o único objetivo de toma-la de volta e todo mundo embarca na onda deles. O PT já esta pagando caro pelo erro dos seus dirigentes. O que PFL, PSDB e Bob Jefferson, que não são em nada são melhores que o PT, muito pelo contrário, querem é a destruição do PT, o que com certeza não interessa à democracia brasileira.

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