Imaginem o Irã, aquele Irã secular que não reconhece o pleno direito à cidadania das mulheres, é uma terra de contraste.
O vídeo abaixo é uma reportagem sobre jovens iranianos que curtem o estilo de rappers e metaleiros.
O outro vídeo está no link (http://tinyurl.com/2zluyh) e é um desenho animado para crianças que incentiva o suicídio por homens-bombas
7 de nov. de 2007
21 de out. de 2007
Mídia e Controle Social
O diagrama traçado Doug Rushkoff é bem interessante e ilustra bastante esta liberdade que nós blogueiros achamos ter. Não adianta, estamos sempre atrás. A não ser que rompessemos a ordem.
Veja o estudo
Veja o estudo
20 de out. de 2007
Doutrina do Choque
Para aqueles que gostam da idéia de pé na porta, faca na caveira. Que crêem na aniquilação dos terroristas e bandidos (sem matar inocentes, é claro!), vale a pena ler este livro. Se não tiver estomâgo, assista ao vídeo abaixo.
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18 de out. de 2007
Perdendo espaço
Porque dizem que a futura TV Brasil (ECB) e a TV Record querem sacudir o império global? Parece ladainha daqueles alarmistas de plantão da nossa imprensa. Aqueles mesmos fogueteiros do tráfico, onde ao menor sinal de invasão, explodem seus rojões.
O problema é que a TV Globo, principal força do império, é mal acostumada. Seu reinado midiático beira o absurdo para um regime chamado de democrático. Mais de 2/3 da audiência é deles.
A questão é que o todo mundo gosta de coisas novas e é difícil se reinventar sempre. É custoso. E se outras empresas surgirem no cenário nacional com qualidade na sua programação, qual o problema? Ao público, nenhum. A Globo tem muita gordura para queimar e a eles valem o sentimento de guerra. Os outros acham que o quinhão lhes é de direito e que a Globo tem muito mais do que precisa ou merece [acredito nessa última].
De qualquer forma, o que importa é que a Globo está perdendo espaço. E eles sabem disso. Daqui a pouco até o Faustão vai fazer a dança do siri.
O problema é que a TV Globo, principal força do império, é mal acostumada. Seu reinado midiático beira o absurdo para um regime chamado de democrático. Mais de 2/3 da audiência é deles.
A questão é que o todo mundo gosta de coisas novas e é difícil se reinventar sempre. É custoso. E se outras empresas surgirem no cenário nacional com qualidade na sua programação, qual o problema? Ao público, nenhum. A Globo tem muita gordura para queimar e a eles valem o sentimento de guerra. Os outros acham que o quinhão lhes é de direito e que a Globo tem muito mais do que precisa ou merece [acredito nessa última].
De qualquer forma, o que importa é que a Globo está perdendo espaço. E eles sabem disso. Daqui a pouco até o Faustão vai fazer a dança do siri.
17 de out. de 2007
9 de out. de 2007
Democratização da Petrobras
Que papo é esse de democratizar a Petrobras? Quer dizer que a Petrobras não possui mecanismos de defesas, como Conselho, não tem o TCU auditando os contratos? Alguém me diga o que quer O Globo de sábado, dia 6 de outubro com a crítica à fala da Dilma sobre a questão das nomeações na esfera pública. Na pg 15, com o box intitulado A Jabuticaba e o Fisiologismo, vemos a bandeira da ineficiência ser levantada, de novo. Aliás, este é o papo 'deles' para 2010: se com eles está bom, conosco será melhor. hahahaha.
A Petrobras, desde seu início, foi coesa em sua defesa. Quando na octatéride tucana tentaram fazer uma 'vale' por lá, isolaram o Gros, e continuaram com o bom trabalho.
Não será diferente agora.
A Petrobras, desde seu início, foi coesa em sua defesa. Quando na octatéride tucana tentaram fazer uma 'vale' por lá, isolaram o Gros, e continuaram com o bom trabalho.
Não será diferente agora.
8 de out. de 2007
Canhões de Navarone
A artilharia da direita volta suas baterias para 2010. Afinal, o que chega a ser esta matéria do El Pais sobre a Dilma e sucessão. Seria desestabilizar o governo e dizer que a candidata do Lula já foi escolhida e com isso afastar o bloco de esquerda e dissidentes do PSDB mineiro? A Dilma não passa pelo PT.
Eu gostaria. A primeira presidente mulher, ex-guerrilheira, torturada e presa. Nunca antes neste país ...
Eu gostaria. A primeira presidente mulher, ex-guerrilheira, torturada e presa. Nunca antes neste país ...
6 de out. de 2007
Modelos de Choque
Quando vemos a 'inteligenza midiática' (?) citar que os governos do Rio e do Espiríto Santos empregam sistemas de gestão sintonizados com as mais modernas técnicas administrativas existentes do mundo devemos pensar em quê?
A recente crise nos EUA só não foi pior pelos números de empregados no governo. Ou seja, o país que é modelo para a maioria dos brasileiros, o louvor do liberalismo, a esfínge do estado mínimo, se safou de entrar (ao menos em números) na recessão devido aos empregados gerados pelo estado. Se formos comparar todas as desigualdades entre nossos países, perceberemos que o aumento do estado, no caso brasileiro, é mais do que justificado.
A desigualdade é chocante. O modelo de gestão também. Com uma economia robusta, forte mercado interno, os EUA possuem uma workclass cada vez mais ativa em protestos. A falência do sistema de saúde, a crise imobiliária, abaixa de oferta de empregos na iniciativa privada mostra que o estado precisa ser atuante para garantir o bem-estar de uma nação. Ainda agora, acabaram de conceder créditos de U$ 20 bi para estudantes e conceder perdão para dívidas de servidores públicos.
Esta é a diferença, de como diria os palácios de mídia, de um povo com o mínimo de sentimento cívico. Um povo, cuja sociedade é atuante e fiscalizadora. Como os países nórdicos, onde possuem um fundo para gerações futuras, que pressionam grandes como a Wal-Mart a reverem as condições de seguridade do trabalho. E conseguem. Enfim, este é o modelo que deveríamos enxergar. Mas a classe média brasileira só viaja para os EUA. E então ... já viu né.
A recente crise nos EUA só não foi pior pelos números de empregados no governo. Ou seja, o país que é modelo para a maioria dos brasileiros, o louvor do liberalismo, a esfínge do estado mínimo, se safou de entrar (ao menos em números) na recessão devido aos empregados gerados pelo estado. Se formos comparar todas as desigualdades entre nossos países, perceberemos que o aumento do estado, no caso brasileiro, é mais do que justificado.
A desigualdade é chocante. O modelo de gestão também. Com uma economia robusta, forte mercado interno, os EUA possuem uma workclass cada vez mais ativa em protestos. A falência do sistema de saúde, a crise imobiliária, abaixa de oferta de empregos na iniciativa privada mostra que o estado precisa ser atuante para garantir o bem-estar de uma nação. Ainda agora, acabaram de conceder créditos de U$ 20 bi para estudantes e conceder perdão para dívidas de servidores públicos.
Esta é a diferença, de como diria os palácios de mídia, de um povo com o mínimo de sentimento cívico. Um povo, cuja sociedade é atuante e fiscalizadora. Como os países nórdicos, onde possuem um fundo para gerações futuras, que pressionam grandes como a Wal-Mart a reverem as condições de seguridade do trabalho. E conseguem. Enfim, este é o modelo que deveríamos enxergar. Mas a classe média brasileira só viaja para os EUA. E então ... já viu né.
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4 de out. de 2007
E aí Kamel, cadê o Ali?
O texto do Ali Kamel foi feito em cima do texto de um espanhol, do El Pais.
Acontece que o correspondente do El Pais não ouviu o governo em reportagem sobre livro didático. Se tivesse ouvido, teria descoberto que o livro foi adotado durante o governo de FHC e saiu de circulação durante o governo Lula. Leia a íntegra.
E a pergunta fica, e agora Kamel?
Acontece que o correspondente do El Pais não ouviu o governo em reportagem sobre livro didático. Se tivesse ouvido, teria descoberto que o livro foi adotado durante o governo de FHC e saiu de circulação durante o governo Lula. Leia a íntegra.
E a pergunta fica, e agora Kamel?
O novo (velho) discurso
Voltam-se os canhões contra a proposta de contratação de mais servidores públicos federais. Com o título de "A ineficiência do setor público brasileiro", Everardo Maciel (Ex-Receita Federal) escreve e Noblat destaca em seu blog o grande erro de Lula, chamando o presidente de algo abaixo do rudimentar.
Com o velho discurso apontado para a classe média cita que as greves dos servidores provoca aumentos sem lógica, sem desempenho de qualidade, que oneram o estado, gerando impostos exorbitantes sem parâmetros com os outros emergentes, atravacando o sucesso brasileiro.
O caso da Light do Rio de Janeiro, por exemplo, foi comprada por um grupo francês e americano por R$2,2 bi em 1996. O grupo entrou, fez a re-engenharia, terceirizou vários serviços, demitiu a malta. Os serviços pioraram, veio a crise cambial. O grupo se endivida com o BNDES (uma mãe nessa época). O americano abandona o francês sozinho em 2000. Quando finda a concessão em 2006, ele vende a Light para um grupo brasileiro. Abandona, assim como o consumidor ficou abandonado. Os serviços de energia são campeões em reclamação. Recentemente desligaram a luz até em casa de pessoas com serviço médico. (ela morreu)
As agências criadas para regulamentar este jogo de estado mínimo, foram feitas para atender ao comércio. A ANATEL citada no texto permitiu aumentos exorbitantes. Passaram a cobrar mais pelos pulsos, os nossos, e cobrança de assinatura. É o modelo brasileiro de capitalismo liberal. Os professores de Harvard e Oxford ficam satisfeitos, queriam fazer isso lá, mas um estado com o mínimo de sentimento de cidadania não deixa.
A questão brasileira tem que passar por esse processo, qualificar o estado com treinamento, tratar todos de forma universal, para então sentarmos em uma praça, sem medo de sofrer algum ato violento. Um melhor serviço público presente e atuante em todas as partes do Brasil é a melhor resposta para apaziguarmos este país. Em todos os setores. Isso onera? Sempre. A questão é: quer pagar quanto?
E pelo quê?
Com o velho discurso apontado para a classe média cita que as greves dos servidores provoca aumentos sem lógica, sem desempenho de qualidade, que oneram o estado, gerando impostos exorbitantes sem parâmetros com os outros emergentes, atravacando o sucesso brasileiro.
Eles devem pensar que se estivesse no governo o PSDB e com essa facilidade mundial, o Brasil já teria superado a França como potência. Seríamos uma Inglaterra!
Tentaram isso nos anos 90. E o que se mostrou? Que o mercado provoca aumentos sem lógica, manipulando os preços, agindo como cartel. E o Serviço Público para fiscalizar isso é inoperante. Por falta de pessoal e treinamento. O comércio repassa tudo o que pode dos impostos para o consumidor. O comércio escracha o serviço público.O caso da Light do Rio de Janeiro, por exemplo, foi comprada por um grupo francês e americano por R$2,2 bi em 1996. O grupo entrou, fez a re-engenharia, terceirizou vários serviços, demitiu a malta. Os serviços pioraram, veio a crise cambial. O grupo se endivida com o BNDES (uma mãe nessa época). O americano abandona o francês sozinho em 2000. Quando finda a concessão em 2006, ele vende a Light para um grupo brasileiro. Abandona, assim como o consumidor ficou abandonado. Os serviços de energia são campeões em reclamação. Recentemente desligaram a luz até em casa de pessoas com serviço médico. (ela morreu)
As agências criadas para regulamentar este jogo de estado mínimo, foram feitas para atender ao comércio. A ANATEL citada no texto permitiu aumentos exorbitantes. Passaram a cobrar mais pelos pulsos, os nossos, e cobrança de assinatura. É o modelo brasileiro de capitalismo liberal. Os professores de Harvard e Oxford ficam satisfeitos, queriam fazer isso lá, mas um estado com o mínimo de sentimento de cidadania não deixa.
A questão brasileira tem que passar por esse processo, qualificar o estado com treinamento, tratar todos de forma universal, para então sentarmos em uma praça, sem medo de sofrer algum ato violento. Um melhor serviço público presente e atuante em todas as partes do Brasil é a melhor resposta para apaziguarmos este país. Em todos os setores. Isso onera? Sempre. A questão é: quer pagar quanto?
E pelo quê?
Censura no O Globo!
Fui sensacionalista, sim. Contra O Globo tenho direitos. Apesar que sei que o problema se dá apenas no Blog do noblat (em caixa baixa) que não permite o contraditório. Acho que publicam só os comentários esdrúxulos da esquerda. Deve ser estratégia de marketing.
Um lixo!
Um lixo!
Quem pari os seus...
Numa boa, essa Clarissa Matheus puxou bem aos pais. Barraqueira oficial, deve estar sentido muito mais falta do poder do que os pais. A bem da verdade, ela nasceu achando que herdaria a sesmaria de Campos.
E não é que promove uma pancadaria na entrada do Eduardo Paes no PMDB carioca. Que, aliás, também não é flor-que-se-cheire. Os Garotinhos vêem minguar o caminho nas eleições de 2008 no PMDB e buscarão refúgio com o César Maia (outro que tem filho peixinho). O Maia vai segurar a união com eles até onde souber ser lucrativa. Se o clã Matheus estiver enfraquecido, o alcaide carioca se esvairá.
E Garotinho sabe disso. Sabe que precisa do PMDB para negociar com o César. E para isso utiliza de todos os meios. E o meio que a 'jornalista' Clarissa Matheus conhece saber é o que se viu a seguir. Quem pariu Matheus que o embale.
E não é que promove uma pancadaria na entrada do Eduardo Paes no PMDB carioca. Que, aliás, também não é flor-que-se-cheire. Os Garotinhos vêem minguar o caminho nas eleições de 2008 no PMDB e buscarão refúgio com o César Maia (outro que tem filho peixinho). O Maia vai segurar a união com eles até onde souber ser lucrativa. Se o clã Matheus estiver enfraquecido, o alcaide carioca se esvairá.
E Garotinho sabe disso. Sabe que precisa do PMDB para negociar com o César. E para isso utiliza de todos os meios. E o meio que a 'jornalista' Clarissa Matheus conhece saber é o que se viu a seguir. Quem pariu Matheus que o embale.
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3 de out. de 2007
Qual é a do Ali Kamel?
Será que baixou o bom samaritano ou Ali Kamel é revisor de conteúdo de literatura pedagógica? Porque o que ele vem lendo de livros didáticos e resenhando-os no O Globo, não tá no gibi. Ou será que porque o MEC mudou o critério de escolhas e sacou da velha ciranda financeira aqueles grupos iimmmmeennnssoooosss que viviam mamando nas tetas, como o grupo Abril? Pois é, saber ler as entrelinhas é sempre necessário...
Deputado protesta contra "informações falsas" sobre livros didáticos
Deputado protesta contra "informações falsas" sobre livros didáticos
29 de set. de 2007
Atenção!
Este post, este mesmo que escrevo, é só para acrescentar mais um. Porque estou cansado dos últimos e loooongggos posts que publiquei.
Um forte abraço
Um forte abraço
Esqueci!
Esqueci de escrever aqui, tenho uma família ótima. E como pai babão que sou, tenho que registrar que o meu filho competiu hoje no judo e foi muito bem. Depois trago as fotos...
Admirável Nova Vida Digital
Espero que em breve, possa inaugurar aqui o novo espaço. O site esteve em descaminho por muito tempo. Uma levantada no design da página e as novas seções que virão, será determinante nisso. Ainda aprendo, o Twitter é última em que me envolvi. Ainda quero entendê-lo. Entrei no Orkut, mas seriamente, só com olhares de marketing, pessoal jamais. Joost e You Tube, assim como Current.TV, para vídeos. Aguardem!!!
De volta à luta!
Este blog começou nos meados de 2002. Quando uma revolução se prenunciava no Brasil: a eleição de Lula. Por mais que muita gente discorde, eu acho que se rompeu paradigmas neste governo. Depois de muito tempo, índices como a PNAD e o IDH mudaram. Para melhor. Digo, melhor para as camadas mais pobres deste vasto território. A classe média não obteve tantos ganhos quanto os outros e por isso esperneia. Volatando ao post.
Pois bem, aqui funcionou de forma constante durante o período de eleição, combatendo a contra-informação (o tal Lulômetro mostra a guerra que foi). Despertou interesses, mas depois, como uma onda se retraiu.
A onda voltou. Outra revolução aparece no horizonte e essa vem como Tsunami. A revolução digital iniciada em 2000, tomou corpo e ganhou velocidade. A convergência de mídia vai apanhar quem ficar de bobeira na praia, achando que é tudo marola. Nada será como antes.
Só para vermos a sopa de letrinhas: IP, DSL, LEM, WWW, UHF, WIFI, MP3, MPEG-4, HDTV, ULTRA-HDTV. Isso, misturado ao homem, produzirá uma nova ordem.
Como será a revolução? Impossível conceber. No máximo previsões. E por isso volto, além claro da conexão com banda larga que, enfim, tenho.
abs a todos (que não me lêem)
Pois bem, aqui funcionou de forma constante durante o período de eleição, combatendo a contra-informação (o tal Lulômetro mostra a guerra que foi). Despertou interesses, mas depois, como uma onda se retraiu.
A onda voltou. Outra revolução aparece no horizonte e essa vem como Tsunami. A revolução digital iniciada em 2000, tomou corpo e ganhou velocidade. A convergência de mídia vai apanhar quem ficar de bobeira na praia, achando que é tudo marola. Nada será como antes.
Só para vermos a sopa de letrinhas: IP, DSL, LEM, WWW, UHF, WIFI, MP3, MPEG-4, HDTV, ULTRA-HDTV. Isso, misturado ao homem, produzirá uma nova ordem.
Como será a revolução? Impossível conceber. No máximo previsões. E por isso volto, além claro da conexão com banda larga que, enfim, tenho.
abs a todos (que não me lêem)
10 de mai. de 2007
Fórum Nacional de TV's Públicas
De 8 a 11 de maio acontece o Fórum Nacional de TV's Públicas para discutir, entre outros aspectos, como será a passagem de tecnologia no campo de mídia, a função de um tv pública, missão, modelo de negócio e mais.
É bem importante esta iniciativa, principalmente porque até o fim deste ano a tv digital estará implantada em São Paulo, no fim de 2008 no Rio e Espiríto Santo. A proposta é que até 2015 todo o Brasil esteja coberto por este sinal.
Muitas mudanças ocorrerão, mas uma das mais significativas é a de que, pela primeira vez, as tv's públicas vão poder enfrentar os tubarões da mídia de frente, com armas parecidas e muito poder de fogo.
O espaço virtual do fórum é bem interessante e vale a pena passar por lá. Eu fiz uma pergunta: Já ouvimos sobre a televisão na internet, mas e de internet na televisão?
Clique aqui para acessar o fórum
É bem importante esta iniciativa, principalmente porque até o fim deste ano a tv digital estará implantada em São Paulo, no fim de 2008 no Rio e Espiríto Santo. A proposta é que até 2015 todo o Brasil esteja coberto por este sinal.
Muitas mudanças ocorrerão, mas uma das mais significativas é a de que, pela primeira vez, as tv's públicas vão poder enfrentar os tubarões da mídia de frente, com armas parecidas e muito poder de fogo.
O espaço virtual do fórum é bem interessante e vale a pena passar por lá. Eu fiz uma pergunta: Já ouvimos sobre a televisão na internet, mas e de internet na televisão?
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2 de fev. de 2007
DE VOLTA PARA O FUTURO
De volta para o futuro
JOSÉ LUÍS FIORI
Chama a atenção, a ira dos conservadores. Mas também chama a atenção, o desconcerto e a crítica da esquerda, ao comportamento e às posições dos novos presidentes sul-americanos, em particular, da Venezuela, Bolívia e Equador. No caso dos conservadores, por razões óbvias, de interesse imediato, mas no caso da esquerda, por motivos menos explícitos, e com argumentos mais sinuosos, que em geral escondem um preconceito profundo contra estes novos líderes indígenas, sindicalistas ou soldados que não conhecem o manual das boas maneiras, do “esquerdista perfeito”. Quase todos estes intelectuais já gostaram dos personagens e enredos fantásticos de Alejo Carpentier, Garcia Marques, Vargas Llosa, mas muito poucos conseguem entender e se relacionar com o mundo real das sociedades hispano-indígenas, e com seus líderes que não são iluministas, nem intelectuais de salão. De qualquer maneira, durante os primeiros anos, todas as divergências e críticas pareciam reduzir-se a um problema de excentricidades pessoais. Até ali, os novos governos de esquerda da América do Sul, pareciam condenados à mesmice, como se todos fossem prisioneiros perpétuos, da “verdade científica” da economia neo-clássica, e da “modernidade inevitável” das reformas neoliberais.
A origem deste pesadelo é bem conhecida: na década de 90, as teses neo-clássicas e as propostas neoliberais, se transformaram no senso comum dos governos, e de uma boa parte da intelectualidade sul-americana. Foram os “anos dourados” das privatizações, da desregulação dos mercados, e da crença no fim das fronteiras e na utopia da globalização. Mas mesmo depois das derrotas dos neoliberais, os novos governos de esquerda, recém eleitos, mantiveram o mesmo “modelo econômico”. Eles não tinham objetivos estratégicos próprios e sua política econômica seguia sendo a mesma dos governos anteriores. Mas este quadro começou a mudar, depois das nacionalizações do governo de Evo Morales. Num primeiro momento, pareciam medidas pontuais e indispensáveis à fragilidade fiscal do governo boliviano. Mas depois, foi ficando claro que se tratava de uma ruptura mais profunda e estratégica com o passado neoliberal da Bolívia, e um anuncio do novo projeto de “socialismo do século XXI”, que seria proposto, uns meses depois, pelo presidente Hugo Chavez, da Venezuela. E eis que de repente, não mais que de repente, acabou a mesmice, e rompeu-se a “concertação por antagonismo” entre a “mão invisível” neo-liberral, e a “esquerda pasmada”. Goste-se ou não, foi assim que ressurgiu, na América do Sul, a palavra e o projeto socialista, e depois disto, ao contrário do que muitos previam, a esquerda não se dividiu. Pelo contrário, clarificou a sua diversidade interna, e explicitou a multiplicidade dos seus caminhos sul-americanos. Como se pode ver, por exemplo :
i) no caso do projeto “socioliberal”, do governo chileno de Michelle Bachelet que vem modificando gradualmente o modelo econômico ortodoxo das últimas décadas, mas ainda se mantém muito distante do projeto socialista do governo de Salvador Allende. Assim mesmo, é cada vez maior o seu parentesco com as políticas da Frente Popular, que governou o Chile, entre 1936 e 1948, com o apoio dos socialistas, radicais e comunistas, privilegiando as políticas de universalização “com qualidade”, dos serviços públicos universais de saúde e educação.
ii) no caso do projeto de “new deal keynesiano”, do governo argentino de Nestor Kirshner, cada vez mais distante do “modelo econômico” do governo Menem. Depois da moratória argentina, o presidente Kirshner redefiniu suas relações com a “comunidade financeira internacional”, e transformou em prioridade absoluta do seu governo, a criação de empregos e a recuperação da massa salarial da população argentina, utilizando-se da formula clássica da social-democrata européia, da “concertação social”, para conter a inflação. Além disto, voltou a proteger a industria, estatizou vários serviços públicos e lançou, recentemente, um programa de reestatização opcional da própria Previdência Social.
iii) no caso do projeto de “socialismo do século XXI”, anunciado pelo presidente Hugo Chavez, e apoiado pelos governos da Bolívia e Equador, retomam-se idéias e políticas que vem da Revolução Mexicana, e que fizeram parte dos programas de vários governos revolucionários ou nacionalistas do continente, culminando com a experiência de “transição democrática ao socialismo”, do governo de Salvador Allende, no início da década de 70. Em todos os casos, o ponto central foi o mesmo: a criação de um núcleo produtivo estatal com capacidade estratégica de liderar o desenvolvimento do país, na perspectiva da construção de uma sociedade mais igualitária. Uma espécie de “capitalismo organizado de estado”, onde convivam o grande capital estatal e privado, com as pequenas cooperativas da economia indígena, dentro de um sistema o comunal de participação democrática.
iv) por fim, no caso do “desenvolvimentismo com inclusão social”, do segundo governo Lula, suas primeiras medidas e propostas são muito claras: seu objetivo estratégico não é construir o socialismo, é “destravar o capitalismo” brasileiro, para que ele alcance altas taxas de crescimento capazes de criar empregos e aumentar os salários de forma sustentada, fortalecendo a capacidade fiscal de investimento e proteção social do estado brasileiro. Com este objetivo, o governo Lula está retomando o velho projeto desenvolvimentista que remonta ‘a década de 30, e que só foi interrompido nos anos 90. Mas ao mesmo tempo está querendo criar uma vontade política através de uma grande coalizão social e econômica que reúna as várias vertentes do desenvolvimentismo brasileiro, conservadoras e progressistas, que estiveram separadas durante a ditadura militar.
Resumindo: a ira e o desencanto dos liberais de direita e de esquerda tem sua razão de ser. De repente tudo mudou, e o cenário ideológico latino-americano ficou diversificado e repleto de idéias e propostas. Podem dar certo ou errado, mas não há como impugná-las, como vem acontecendo, pelo simples fato de serem projetos antigos. Todos tem raízes profundas na história latino-americana , e não se pode dizer que fracassaram, porque sempre foram interrompidos pelos golpes da direita liberal.
JOSÉ LUÍS FIORI
Chama a atenção, a ira dos conservadores. Mas também chama a atenção, o desconcerto e a crítica da esquerda, ao comportamento e às posições dos novos presidentes sul-americanos, em particular, da Venezuela, Bolívia e Equador. No caso dos conservadores, por razões óbvias, de interesse imediato, mas no caso da esquerda, por motivos menos explícitos, e com argumentos mais sinuosos, que em geral escondem um preconceito profundo contra estes novos líderes indígenas, sindicalistas ou soldados que não conhecem o manual das boas maneiras, do “esquerdista perfeito”. Quase todos estes intelectuais já gostaram dos personagens e enredos fantásticos de Alejo Carpentier, Garcia Marques, Vargas Llosa, mas muito poucos conseguem entender e se relacionar com o mundo real das sociedades hispano-indígenas, e com seus líderes que não são iluministas, nem intelectuais de salão. De qualquer maneira, durante os primeiros anos, todas as divergências e críticas pareciam reduzir-se a um problema de excentricidades pessoais. Até ali, os novos governos de esquerda da América do Sul, pareciam condenados à mesmice, como se todos fossem prisioneiros perpétuos, da “verdade científica” da economia neo-clássica, e da “modernidade inevitável” das reformas neoliberais.
A origem deste pesadelo é bem conhecida: na década de 90, as teses neo-clássicas e as propostas neoliberais, se transformaram no senso comum dos governos, e de uma boa parte da intelectualidade sul-americana. Foram os “anos dourados” das privatizações, da desregulação dos mercados, e da crença no fim das fronteiras e na utopia da globalização. Mas mesmo depois das derrotas dos neoliberais, os novos governos de esquerda, recém eleitos, mantiveram o mesmo “modelo econômico”. Eles não tinham objetivos estratégicos próprios e sua política econômica seguia sendo a mesma dos governos anteriores. Mas este quadro começou a mudar, depois das nacionalizações do governo de Evo Morales. Num primeiro momento, pareciam medidas pontuais e indispensáveis à fragilidade fiscal do governo boliviano. Mas depois, foi ficando claro que se tratava de uma ruptura mais profunda e estratégica com o passado neoliberal da Bolívia, e um anuncio do novo projeto de “socialismo do século XXI”, que seria proposto, uns meses depois, pelo presidente Hugo Chavez, da Venezuela. E eis que de repente, não mais que de repente, acabou a mesmice, e rompeu-se a “concertação por antagonismo” entre a “mão invisível” neo-liberral, e a “esquerda pasmada”. Goste-se ou não, foi assim que ressurgiu, na América do Sul, a palavra e o projeto socialista, e depois disto, ao contrário do que muitos previam, a esquerda não se dividiu. Pelo contrário, clarificou a sua diversidade interna, e explicitou a multiplicidade dos seus caminhos sul-americanos. Como se pode ver, por exemplo :
i) no caso do projeto “socioliberal”, do governo chileno de Michelle Bachelet que vem modificando gradualmente o modelo econômico ortodoxo das últimas décadas, mas ainda se mantém muito distante do projeto socialista do governo de Salvador Allende. Assim mesmo, é cada vez maior o seu parentesco com as políticas da Frente Popular, que governou o Chile, entre 1936 e 1948, com o apoio dos socialistas, radicais e comunistas, privilegiando as políticas de universalização “com qualidade”, dos serviços públicos universais de saúde e educação.
ii) no caso do projeto de “new deal keynesiano”, do governo argentino de Nestor Kirshner, cada vez mais distante do “modelo econômico” do governo Menem. Depois da moratória argentina, o presidente Kirshner redefiniu suas relações com a “comunidade financeira internacional”, e transformou em prioridade absoluta do seu governo, a criação de empregos e a recuperação da massa salarial da população argentina, utilizando-se da formula clássica da social-democrata européia, da “concertação social”, para conter a inflação. Além disto, voltou a proteger a industria, estatizou vários serviços públicos e lançou, recentemente, um programa de reestatização opcional da própria Previdência Social.
iii) no caso do projeto de “socialismo do século XXI”, anunciado pelo presidente Hugo Chavez, e apoiado pelos governos da Bolívia e Equador, retomam-se idéias e políticas que vem da Revolução Mexicana, e que fizeram parte dos programas de vários governos revolucionários ou nacionalistas do continente, culminando com a experiência de “transição democrática ao socialismo”, do governo de Salvador Allende, no início da década de 70. Em todos os casos, o ponto central foi o mesmo: a criação de um núcleo produtivo estatal com capacidade estratégica de liderar o desenvolvimento do país, na perspectiva da construção de uma sociedade mais igualitária. Uma espécie de “capitalismo organizado de estado”, onde convivam o grande capital estatal e privado, com as pequenas cooperativas da economia indígena, dentro de um sistema o comunal de participação democrática.
iv) por fim, no caso do “desenvolvimentismo com inclusão social”, do segundo governo Lula, suas primeiras medidas e propostas são muito claras: seu objetivo estratégico não é construir o socialismo, é “destravar o capitalismo” brasileiro, para que ele alcance altas taxas de crescimento capazes de criar empregos e aumentar os salários de forma sustentada, fortalecendo a capacidade fiscal de investimento e proteção social do estado brasileiro. Com este objetivo, o governo Lula está retomando o velho projeto desenvolvimentista que remonta ‘a década de 30, e que só foi interrompido nos anos 90. Mas ao mesmo tempo está querendo criar uma vontade política através de uma grande coalizão social e econômica que reúna as várias vertentes do desenvolvimentismo brasileiro, conservadoras e progressistas, que estiveram separadas durante a ditadura militar.
Resumindo: a ira e o desencanto dos liberais de direita e de esquerda tem sua razão de ser. De repente tudo mudou, e o cenário ideológico latino-americano ficou diversificado e repleto de idéias e propostas. Podem dar certo ou errado, mas não há como impugná-las, como vem acontecendo, pelo simples fato de serem projetos antigos. Todos tem raízes profundas na história latino-americana , e não se pode dizer que fracassaram, porque sempre foram interrompidos pelos golpes da direita liberal.
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