6 de out. de 2007

Modelos de Choque

Quando vemos a 'inteligenza midiática' (?) citar que os governos do Rio e do Espiríto Santos empregam sistemas de gestão sintonizados com as mais modernas técnicas administrativas existentes do mundo devemos pensar em quê?

A recente crise nos EUA só não foi pior pelos números de empregados no governo. Ou seja, o país que é modelo para a maioria dos brasileiros, o louvor do liberalismo, a esfínge do estado mínimo, se safou de entrar (ao menos em números) na recessão devido aos empregados gerados pelo estado. Se formos comparar todas as desigualdades entre nossos países, perceberemos que o aumento do estado, no caso brasileiro, é mais do que justificado.

A desigualdade é chocante. O modelo de gestão também. Com uma economia robusta, forte mercado interno, os EUA possuem uma workclass cada vez mais ativa em protestos. A falência do sistema de saúde, a crise imobiliária, abaixa de oferta de empregos na iniciativa privada mostra que o estado precisa ser atuante para garantir o bem-estar de uma nação. Ainda agora, acabaram de conceder créditos de U$ 20 bi para estudantes e conceder perdão para dívidas de servidores públicos.

Esta é a diferença, de como diria os palácios de mídia, de um povo com o mínimo de sentimento cívico. Um povo, cuja sociedade é atuante e fiscalizadora. Como os países nórdicos, onde possuem um fundo para gerações futuras, que pressionam grandes como a Wal-Mart a reverem as condições de seguridade do trabalho. E conseguem. Enfim, este é o modelo que deveríamos enxergar. Mas a classe média brasileira só viaja para os EUA. E então ... já viu né.

Nenhum comentário: