Brasil
A música do Cazuza para o Brasil mostrar a sua cara foi cantada lindamente ontem à noite no Leme.
Essa festa só o PT, e as vitórias que ele encarna, é capaz de promover.
Valeu a todos.
Obrigado por ser brasileiro e vivo.
28 de out. de 2002
Um mundo melhor
Ainda bem que estou vivo para ter presenciado este momento da História do Mundo. Ainda bem.
Já posso olhar para o meu filho e dizer que algo será tentado para mudar a triste realidade de nosso cotidiano. Ainda bem.
Já posso reclamar e agradecer a um presidente que eu tenha elegido. Cansa ser oposição sistemática, sem perspectiva de melhora. Não é papo, não. Quantas vezes vêmos pessoas menos capazes do que nós, fazendo um serviço chinfrim, quando nós sabíamos ser capazes de muito mais?
A página do mundo deu mais virada e a virada foi à esquerda. Ainda bem.
Ainda bem que estou vivo para ter presenciado este momento da História do Mundo. Ainda bem.
Já posso olhar para o meu filho e dizer que algo será tentado para mudar a triste realidade de nosso cotidiano. Ainda bem.
Já posso reclamar e agradecer a um presidente que eu tenha elegido. Cansa ser oposição sistemática, sem perspectiva de melhora. Não é papo, não. Quantas vezes vêmos pessoas menos capazes do que nós, fazendo um serviço chinfrim, quando nós sabíamos ser capazes de muito mais?
A página do mundo deu mais virada e a virada foi à esquerda. Ainda bem.
O OUTRO BRASIL QUE VEM AÍ
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem para morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
Extrato do poema de Gilberto Freyre, de 1926, in Freyre, G.. Talvez poesia. RJ: José Olympio, 1962.
Desterritorializados e "desclassados", os trabalhadores brasileiros não tiveram representação política duradoura capaz de um enfrentamento sistemático que pudesse romper o pacto de dominação oligárquico e conduzir a uma ordem democrática disposta a pactuar os conflitos fundamentais, e não apenas propor sucessivos pactos conservadores.
Nossa peculiar "hegemonia burguesa", começada há 150 anos atrás, com a promulgação da Lei de Terras e o Código Comercial, regulou a propriedade e os negócios de forma a garantir um pacto de dominação social férreo entre os donos da terra, o Estado e os donos do dinheiro, que se caracterizou, do ponto de vista político, por uma oscilação permanente entre uma ordem liberal oligárquica e um Estado autoritário.
Nossas "transições democráticas", além de periodicamente interrompidas, nunca alteraram o caráter concentrador da acumulação da riqueza e da renda e a marginalização econômico-social de uma massa crescente da população. Daí a impressão sistemática de que os ideais reformistas ou revolucionários estavam sempre "fora de lugar", no dizer de Roberto Schwartz. Na verdade, as idéias postas em prática pelas elites dominantes estiveram sempre no lugar: manter o poder econômico e político a qualquer custo, mesmo abrindo mão dos seus princípios "liberais" em economia e, sobretudo, em política. Para manter a concentração do capital e da terra, nunca deixaram de recorrer ao patrimonialismo e ao endurecimento político do Estado. Nem a proclamação da República e nem a revolução de 30 conseguiram construir uma nação democrática e independente do ponto de vista dos interesses das classes subordinadas.
Os avanços populares foram sendo conquistados, palmo a palmo, e várias organizações de trabalhadores foram surgindo com as mudanças estruturais no campo, na industrialização e na urbanização. Os efeitos sociais e políticos destas mudanças só puderam ser controlados pelas classes dominantes através de golpes militares. A fundação do PT ocorreu há 22 anos atrás no auge do movimento de massas e da luta pela redemocratização.
A originalidade histórica do PT está na sua própria formação. Juntou quadros dos movimentos sociais de base (trabalhadores rurais e urbanos), foi fundado e dirigido por quadros de movimento operário renovado e incorporou desde grandes intelectuais a militantes provenientes de diversas frações dos pequenos partidos de esquerda. Nasceu com um programa de socialismo democrático por oposição ao chamado "socialismo real", antes mesmo da derrota histórica da União Soviética. Manteve a democracia interna no que tange à discussão ideológica e à organização de tendências, mas os chamados moderados, com Lula na cabeça, foram sempre as lideranças mais importantes do partido. A experiência parlamentar e de governos locais contribuiu, decisivamente, para a ampliação da prática política de negociação herdada do movimento sindical.
A ampliação política e a maturidade do PT alcançam neste domingo uma vitória política sem precedentes no Brasil, pois todas as tentativas revolucionárias que estavam apenas na cabeça de idealistas e dos reformistas de cunho popular acabaram abortadas por golpes militares. Mesmos os comentaristas dos maiores jornais europeus e norte-americanos reconhecem que a vitória de Lula e do PT tem uma importância política e simbólica transcendental. É uma espécie de "sonho americano" do homem comum, realizado abaixo do Equador, que completa finalmente a longa transição democrática com uma verdadeira revolução pacífica. Desta vez, sem ameaça de golpe e sem necessidade de alteração dos "marcos constitucionais vigentes". Para o povo brasileiro, significa de fato uma nova proclamação da Independência, um alargamento dos ideais republicanos e uma possibilidade única de um novo "contrato social".
Seja qual for a evolução das lutas de conjuntura, orientadas como serão por uma coordenação política nacional flexível e lúcida, como é a do PT, as tendências de longa duração do nosso capitalismo tardio e autoritário, podem finalmente ser alteradas. A História está aberta, mas a 1ª etapa da luta foi ganha e a democracia se aprofundou.
Finalmente estamos a ponto de alcançar uma vitória que significa a alternância política, uma nova "ordem competitiva", pela qual tanto almejava Mestre Florestan Fernandes.
Finalmente está a ponto de realizar-se o sonho de Mestre Furtado de retomar "A Construção Interrompida": "O ponto de partida de qualquer novo projeto alternativo de nação terá que ser inevitavelmente o aumento da participação e do poder do povo nos centros de decisão do país".
Este artigo é da Professora Emérita da UFRJ, Maria da Conceição Tavares
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem para morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
Extrato do poema de Gilberto Freyre, de 1926, in Freyre, G.. Talvez poesia. RJ: José Olympio, 1962.
Desterritorializados e "desclassados", os trabalhadores brasileiros não tiveram representação política duradoura capaz de um enfrentamento sistemático que pudesse romper o pacto de dominação oligárquico e conduzir a uma ordem democrática disposta a pactuar os conflitos fundamentais, e não apenas propor sucessivos pactos conservadores.
Nossa peculiar "hegemonia burguesa", começada há 150 anos atrás, com a promulgação da Lei de Terras e o Código Comercial, regulou a propriedade e os negócios de forma a garantir um pacto de dominação social férreo entre os donos da terra, o Estado e os donos do dinheiro, que se caracterizou, do ponto de vista político, por uma oscilação permanente entre uma ordem liberal oligárquica e um Estado autoritário.
Nossas "transições democráticas", além de periodicamente interrompidas, nunca alteraram o caráter concentrador da acumulação da riqueza e da renda e a marginalização econômico-social de uma massa crescente da população. Daí a impressão sistemática de que os ideais reformistas ou revolucionários estavam sempre "fora de lugar", no dizer de Roberto Schwartz. Na verdade, as idéias postas em prática pelas elites dominantes estiveram sempre no lugar: manter o poder econômico e político a qualquer custo, mesmo abrindo mão dos seus princípios "liberais" em economia e, sobretudo, em política. Para manter a concentração do capital e da terra, nunca deixaram de recorrer ao patrimonialismo e ao endurecimento político do Estado. Nem a proclamação da República e nem a revolução de 30 conseguiram construir uma nação democrática e independente do ponto de vista dos interesses das classes subordinadas.
Os avanços populares foram sendo conquistados, palmo a palmo, e várias organizações de trabalhadores foram surgindo com as mudanças estruturais no campo, na industrialização e na urbanização. Os efeitos sociais e políticos destas mudanças só puderam ser controlados pelas classes dominantes através de golpes militares. A fundação do PT ocorreu há 22 anos atrás no auge do movimento de massas e da luta pela redemocratização.
A originalidade histórica do PT está na sua própria formação. Juntou quadros dos movimentos sociais de base (trabalhadores rurais e urbanos), foi fundado e dirigido por quadros de movimento operário renovado e incorporou desde grandes intelectuais a militantes provenientes de diversas frações dos pequenos partidos de esquerda. Nasceu com um programa de socialismo democrático por oposição ao chamado "socialismo real", antes mesmo da derrota histórica da União Soviética. Manteve a democracia interna no que tange à discussão ideológica e à organização de tendências, mas os chamados moderados, com Lula na cabeça, foram sempre as lideranças mais importantes do partido. A experiência parlamentar e de governos locais contribuiu, decisivamente, para a ampliação da prática política de negociação herdada do movimento sindical.
A ampliação política e a maturidade do PT alcançam neste domingo uma vitória política sem precedentes no Brasil, pois todas as tentativas revolucionárias que estavam apenas na cabeça de idealistas e dos reformistas de cunho popular acabaram abortadas por golpes militares. Mesmos os comentaristas dos maiores jornais europeus e norte-americanos reconhecem que a vitória de Lula e do PT tem uma importância política e simbólica transcendental. É uma espécie de "sonho americano" do homem comum, realizado abaixo do Equador, que completa finalmente a longa transição democrática com uma verdadeira revolução pacífica. Desta vez, sem ameaça de golpe e sem necessidade de alteração dos "marcos constitucionais vigentes". Para o povo brasileiro, significa de fato uma nova proclamação da Independência, um alargamento dos ideais republicanos e uma possibilidade única de um novo "contrato social".
Seja qual for a evolução das lutas de conjuntura, orientadas como serão por uma coordenação política nacional flexível e lúcida, como é a do PT, as tendências de longa duração do nosso capitalismo tardio e autoritário, podem finalmente ser alteradas. A História está aberta, mas a 1ª etapa da luta foi ganha e a democracia se aprofundou.
Finalmente estamos a ponto de alcançar uma vitória que significa a alternância política, uma nova "ordem competitiva", pela qual tanto almejava Mestre Florestan Fernandes.
Finalmente está a ponto de realizar-se o sonho de Mestre Furtado de retomar "A Construção Interrompida": "O ponto de partida de qualquer novo projeto alternativo de nação terá que ser inevitavelmente o aumento da participação e do poder do povo nos centros de decisão do país".
Este artigo é da Professora Emérita da UFRJ, Maria da Conceição Tavares
23 de out. de 2002
Volta por Cima
Não lembro se foi Glória Gaynor que lançou o hit 'I will survive' e tão pouco isso importa. O que vale é que nessa música se fala sobre alguém que é abandonado pelo seu amor. Quando, tudo parece ir bem, já acostumado com a falta, o amor resurge, querendo uma segunda chance. O refrão possui a frase 'eu vou sobreviver' , obviamente em inglês, cuja tradução seria um 'vai para aquele lugar'.
E esta campanha eleitoral mostrou isso. Mostrou um sentimento de desencanto pelo o antigo amor e com claras intenções de namorar o eterno pretendente, no caso o PT. Este partido ímpar na história da América Latina teve, por algumas vezes, chance de participar de alguns governos, mas se negava por possuir uma ideologia discordante dos poderes vigentes. Isto possibilitou ao PT adquirir uma identidade calcada na boa moral e costumes políticos, sem fisiologia. E, com isso, os acordos, ora firmados sob a chancela do PT, não possuirão dois pesos e duas medidas.Qualquer um que se envolva com o PT saberá que do outro lado haverão pessoas de boa ética e conduta.
O eleitorado brasileiro, como que traído, votou em massa no PT. Sabem que, como toda 'volta por cima', será difícil. Mas confiam no PT e em sua escolha por ele. Lutarão para conseguir um Brasil melhor e não me surpreenderei se o futuro não se mostrar bem favorável à nos brasileiros. Cresci acreditando que morreria e o Roberto Marinho ainda estaria vivo, hoje acredito que sobreviverei para assistir este enterro.
O Brasil é o planeta Terra dentro de um país, em todas as maneiras. Poderemos construir um mundo melhor, é só desejar.
Não lembro se foi Glória Gaynor que lançou o hit 'I will survive' e tão pouco isso importa. O que vale é que nessa música se fala sobre alguém que é abandonado pelo seu amor. Quando, tudo parece ir bem, já acostumado com a falta, o amor resurge, querendo uma segunda chance. O refrão possui a frase 'eu vou sobreviver' , obviamente em inglês, cuja tradução seria um 'vai para aquele lugar'.
E esta campanha eleitoral mostrou isso. Mostrou um sentimento de desencanto pelo o antigo amor e com claras intenções de namorar o eterno pretendente, no caso o PT. Este partido ímpar na história da América Latina teve, por algumas vezes, chance de participar de alguns governos, mas se negava por possuir uma ideologia discordante dos poderes vigentes. Isto possibilitou ao PT adquirir uma identidade calcada na boa moral e costumes políticos, sem fisiologia. E, com isso, os acordos, ora firmados sob a chancela do PT, não possuirão dois pesos e duas medidas.Qualquer um que se envolva com o PT saberá que do outro lado haverão pessoas de boa ética e conduta.
O eleitorado brasileiro, como que traído, votou em massa no PT. Sabem que, como toda 'volta por cima', será difícil. Mas confiam no PT e em sua escolha por ele. Lutarão para conseguir um Brasil melhor e não me surpreenderei se o futuro não se mostrar bem favorável à nos brasileiros. Cresci acreditando que morreria e o Roberto Marinho ainda estaria vivo, hoje acredito que sobreviverei para assistir este enterro.
O Brasil é o planeta Terra dentro de um país, em todas as maneiras. Poderemos construir um mundo melhor, é só desejar.
21 de out. de 2002
Perguntar Não Ofende
Porquê que Serra, ao anunciar que Lula está aliado aos setores retrógados, não nomeou esses setores?
Agora ele quer que Lula mostre os partidos de sua coligação nas propagandas veiculadas em 17 e 18 de outubro. Até entrou com representação no TSE. É ridículo ver as alianças que Serra mostra na sua propaganda, é só de evangélicos. Triste, mas verdadeiro.
Porquê que Serra, ao anunciar que Lula está aliado aos setores retrógados, não nomeou esses setores?
Agora ele quer que Lula mostre os partidos de sua coligação nas propagandas veiculadas em 17 e 18 de outubro. Até entrou com representação no TSE. É ridículo ver as alianças que Serra mostra na sua propaganda, é só de evangélicos. Triste, mas verdadeiro.
LASERRA
José Serra tudo tentou para ser presidente do Brasil. Tentou em 98, época em que a oposição lhe seria favorável. Mas, o conluio em torno de FH não permitiu. Pensou que em 2002 seria o ano dele. Afinal, encurtaram o tempo de propaganda eleitoral, e por consequência o próprio pleito, e ainda teria o Ministério da Saúde para alavancar-se: a prioridade da população brasileira não era mais a economia, mas sim a saúde, segundo a lógica de alguns tucanos.
Pois bem, a inflação voltou, o cenário mundial é catastrófico e imperialismo americano vai aas raias da loucura. Neste cenário, infelizmente, é que surgiu a estrela redentora do PT. Diante de tanto ostracismo governamental, o povo viu no PT uma saída reluzente, um novo caminho. As vitórias de 2002, diria uns, só foram possível diante da fragmentação da elite, a mesma elite que permitiu a reeleição de FH e não quis a eleição de Serra. Em parte, diria eu.
Serra, neste último discurso, em que alardeavam ser o divisor de águas destas eleições, mostrou-se o candidato da direita, tentando personificar Carlos Lacerda, mas sem a eloquência. No máximo utilizou três vezes a primeira pessoa do plural, de resto só seria no singular. Ele realmente direcionou seu discurso aos conservadores, tentando, meio que toscamente, atingir também os grotões onde FH sempre desfilou como um rei. Seu discurso foi fraco, foi udenista, tefepeniano, foi um discurso até estranho para a celeuma que foi criada sobre. Penso que falaria outra coisa, mas que foi desaconselhado.
De repente, a reunião de Lula com o PIB nacional tenha desmantelado a articulação que Nizan/Serra procuravam para a desgovernabilidade. De repente o contra golpe foi dado antes do golpe. São muitas conjecturas e a situação está meio nebulosa. A briga é além da presidência, estados fortes também estão em pedengas eleitorais e não querem que o PT fique com mais controle. Podem sacrificar a sujeira do Serra, não por grandeza de ato, mas para impedir que este método sacramentasse a vitória contudente do PT em SP, RS e demais estados em que disputa.
Serra manchou sua biografia e vai pro rol dos que venderam sua alma. Incorporou o monstro da noite e vai para as paragens escuras da vida política. Pena, sua professora de economia ficou muito triste e não é bonito ver nossos mestres chorosos com nossos atos.
José Serra tudo tentou para ser presidente do Brasil. Tentou em 98, época em que a oposição lhe seria favorável. Mas, o conluio em torno de FH não permitiu. Pensou que em 2002 seria o ano dele. Afinal, encurtaram o tempo de propaganda eleitoral, e por consequência o próprio pleito, e ainda teria o Ministério da Saúde para alavancar-se: a prioridade da população brasileira não era mais a economia, mas sim a saúde, segundo a lógica de alguns tucanos.
Pois bem, a inflação voltou, o cenário mundial é catastrófico e imperialismo americano vai aas raias da loucura. Neste cenário, infelizmente, é que surgiu a estrela redentora do PT. Diante de tanto ostracismo governamental, o povo viu no PT uma saída reluzente, um novo caminho. As vitórias de 2002, diria uns, só foram possível diante da fragmentação da elite, a mesma elite que permitiu a reeleição de FH e não quis a eleição de Serra. Em parte, diria eu.
Serra, neste último discurso, em que alardeavam ser o divisor de águas destas eleições, mostrou-se o candidato da direita, tentando personificar Carlos Lacerda, mas sem a eloquência. No máximo utilizou três vezes a primeira pessoa do plural, de resto só seria no singular. Ele realmente direcionou seu discurso aos conservadores, tentando, meio que toscamente, atingir também os grotões onde FH sempre desfilou como um rei. Seu discurso foi fraco, foi udenista, tefepeniano, foi um discurso até estranho para a celeuma que foi criada sobre. Penso que falaria outra coisa, mas que foi desaconselhado.
De repente, a reunião de Lula com o PIB nacional tenha desmantelado a articulação que Nizan/Serra procuravam para a desgovernabilidade. De repente o contra golpe foi dado antes do golpe. São muitas conjecturas e a situação está meio nebulosa. A briga é além da presidência, estados fortes também estão em pedengas eleitorais e não querem que o PT fique com mais controle. Podem sacrificar a sujeira do Serra, não por grandeza de ato, mas para impedir que este método sacramentasse a vitória contudente do PT em SP, RS e demais estados em que disputa.
Serra manchou sua biografia e vai pro rol dos que venderam sua alma. Incorporou o monstro da noite e vai para as paragens escuras da vida política. Pena, sua professora de economia ficou muito triste e não é bonito ver nossos mestres chorosos com nossos atos.
18 de out. de 2002
O método
por Janio de Freitas
A dupla condenação, por improbidade e enriquecimento ilícito, do ex-integrante da cúpula do governo do PSDB em São Paulo e ex-secretário-geral do partido no Estado, Goro Hama, traz uma contribuição tão útil quanto involuntária para evidenciar os perigos da tática hoje chamada, eufemisticamente, de "desconstruir o adversário".
Se a propaganda de Luiz Inácio da Lula da Silva explorasse a condenação para mostrar "o que é a administração" do PSDB, "a diferença entre o que eles dizem e o que eles fazem", estaria adotando, até com as mesmas palavras, o método legitimado pelo programa de José Serra e pelo próprio, ao invocar alegadas deficiências no governo gaúcho e em prefeituras petistas para atacar Lula.
A propaganda petista estaria com a vantagem de utilizar um caso a um só tempo verdadeiro e grave administrativa e moralmente, com o qual não se podem equiparar as acusações peessedebistas -aliás, nem sempre verdadeiras. Este foi o caso, por exemplo, da pergunta-acusação de Serra a Lula sobre o preço "mais alto no país" das passagens de ônibus fixadas pela prefeitura petista de São Paulo: Serra citou um valor inverdadeiro, e os preços mais altos são dos ônibus de Vitória, cidade administrada pelo PSDB, cujo prefeito é o coordenador do programa econômico de Serra, Luiz Paulo Velloso Lucas. (O preço errado e o preço em Vitória foram constatados pelo "Globo", no dia seguinte ao debate.)
Apesar disso tudo, a propaganda de Lula faria mais do que adotar determinado método, em melhores condições. José Serra é do PSDB, apoiado pelo anterior e pelo atual governadores do PSDB, diretivamente responsável pelo PSDB nacional e pelo PSDB paulista, mas nada tem a ver, que se saiba, com as circunstâncias administrativas e políticas da presença e das ações de Goro Hama no governo paulista. Ou seja, tem tanto a ver quanto o tem Lula com as decisões e alegadas deficiências do governo gaúcho e de prefeituras petistas.
Usar de tal método com o intuito de comprometer e desqualificar Serra seria uma violência antiética e uma injustiça. E para comprometer e desqualificar Lula, o que é?
Resposta depois da eleição final.
A questão
A cobrança persistente de debates, na propaganda de José Serra, suscita curiosidade.
Nos dois debates havidos, e mesmo na entrevista individual de TV, Serra ficou aquém do que desejava. Ao fim da entrevista na Globo, foi explícito até demais, quanto à sua insatisfação, quando delicadamente indagado pelo jornalista William Bonner.
Em seguida ao debate na Globo, a repercussão colhida pelo Datafolha obteve as seguintes respostas para a pergunta "Qual candidato se saiu melhor?": Lula, 38%; Ciro, 18%; Garotinho, 17%; Serra, 11%.
O mau desempenho de Serra recebeu a explicação de que eram três a fazer-lhe questionamentos pressionantes. Em parte foi isso mesmo, ressalvada a moderação de Lula. Mas, a rigor, não faz diferença, sobretudo para um candidato preparado como Serra, que uma mesma quantidade de questionamentos seja apresentada por um, dois, três ou mais candidatos e entrevistadores.
E, mesmo que houvesse alguma diferença, talvez pelo clima, pela incisividade variável, era um teste também nesse sentido, e a diferença não justificaria os índices colhidos entre os telespectadores.
Desde fevereiro, são quase nove meses em que Serra e Lula já disseram tudo o que poderiam dizer como candidatos. Por que Serra passou a considerar debates agora tão fundamentais é uma questão cuja resposta segura estaria só no próprio debate. Mas que a questão é curiosa, é. (Folha, 18/10)
por Janio de Freitas
A dupla condenação, por improbidade e enriquecimento ilícito, do ex-integrante da cúpula do governo do PSDB em São Paulo e ex-secretário-geral do partido no Estado, Goro Hama, traz uma contribuição tão útil quanto involuntária para evidenciar os perigos da tática hoje chamada, eufemisticamente, de "desconstruir o adversário".
Se a propaganda de Luiz Inácio da Lula da Silva explorasse a condenação para mostrar "o que é a administração" do PSDB, "a diferença entre o que eles dizem e o que eles fazem", estaria adotando, até com as mesmas palavras, o método legitimado pelo programa de José Serra e pelo próprio, ao invocar alegadas deficiências no governo gaúcho e em prefeituras petistas para atacar Lula.
A propaganda petista estaria com a vantagem de utilizar um caso a um só tempo verdadeiro e grave administrativa e moralmente, com o qual não se podem equiparar as acusações peessedebistas -aliás, nem sempre verdadeiras. Este foi o caso, por exemplo, da pergunta-acusação de Serra a Lula sobre o preço "mais alto no país" das passagens de ônibus fixadas pela prefeitura petista de São Paulo: Serra citou um valor inverdadeiro, e os preços mais altos são dos ônibus de Vitória, cidade administrada pelo PSDB, cujo prefeito é o coordenador do programa econômico de Serra, Luiz Paulo Velloso Lucas. (O preço errado e o preço em Vitória foram constatados pelo "Globo", no dia seguinte ao debate.)
Apesar disso tudo, a propaganda de Lula faria mais do que adotar determinado método, em melhores condições. José Serra é do PSDB, apoiado pelo anterior e pelo atual governadores do PSDB, diretivamente responsável pelo PSDB nacional e pelo PSDB paulista, mas nada tem a ver, que se saiba, com as circunstâncias administrativas e políticas da presença e das ações de Goro Hama no governo paulista. Ou seja, tem tanto a ver quanto o tem Lula com as decisões e alegadas deficiências do governo gaúcho e de prefeituras petistas.
Usar de tal método com o intuito de comprometer e desqualificar Serra seria uma violência antiética e uma injustiça. E para comprometer e desqualificar Lula, o que é?
Resposta depois da eleição final.
A questão
A cobrança persistente de debates, na propaganda de José Serra, suscita curiosidade.
Nos dois debates havidos, e mesmo na entrevista individual de TV, Serra ficou aquém do que desejava. Ao fim da entrevista na Globo, foi explícito até demais, quanto à sua insatisfação, quando delicadamente indagado pelo jornalista William Bonner.
Em seguida ao debate na Globo, a repercussão colhida pelo Datafolha obteve as seguintes respostas para a pergunta "Qual candidato se saiu melhor?": Lula, 38%; Ciro, 18%; Garotinho, 17%; Serra, 11%.
O mau desempenho de Serra recebeu a explicação de que eram três a fazer-lhe questionamentos pressionantes. Em parte foi isso mesmo, ressalvada a moderação de Lula. Mas, a rigor, não faz diferença, sobretudo para um candidato preparado como Serra, que uma mesma quantidade de questionamentos seja apresentada por um, dois, três ou mais candidatos e entrevistadores.
E, mesmo que houvesse alguma diferença, talvez pelo clima, pela incisividade variável, era um teste também nesse sentido, e a diferença não justificaria os índices colhidos entre os telespectadores.
Desde fevereiro, são quase nove meses em que Serra e Lula já disseram tudo o que poderiam dizer como candidatos. Por que Serra passou a considerar debates agora tão fundamentais é uma questão cuja resposta segura estaria só no próprio debate. Mas que a questão é curiosa, é. (Folha, 18/10)
Reis filósofos
Quer coisa mais babaca do que a de um presidente de uma nação, representante da cultura de um povo, ir a encontros mundo afora e discursar em línguas não-natais?
Coisa de mentes estreitas que acham que presidente deve conversar na língua estrangeira, porque para a pequenez da classe mérdia brasileira seríamos melhores se falássemos inglês. Como se a nossa subserviência deve-se ao fato de termos sido colonizados por portugueses.
Pois bem, o governo mais subserviente ao capital estrangeiro no Brasil no século passado foi justamente o de FH e isso quem fala são doutores, PHD's, que alardeiam que esse rei-filósofo arreganhou o Brasil de um jeito que mesmo estando-nos de costa, consegue-se enxergar as amídalas. Leia aqui o texto
Quem tem que falar vários idiomas são os tradutores, os presidentes devem falar em seus idiomas natais, exceto se forem conversas de foros íntimos.
Quer coisa mais babaca do que a de um presidente de uma nação, representante da cultura de um povo, ir a encontros mundo afora e discursar em línguas não-natais?
Coisa de mentes estreitas que acham que presidente deve conversar na língua estrangeira, porque para a pequenez da classe mérdia brasileira seríamos melhores se falássemos inglês. Como se a nossa subserviência deve-se ao fato de termos sido colonizados por portugueses.
Pois bem, o governo mais subserviente ao capital estrangeiro no Brasil no século passado foi justamente o de FH e isso quem fala são doutores, PHD's, que alardeiam que esse rei-filósofo arreganhou o Brasil de um jeito que mesmo estando-nos de costa, consegue-se enxergar as amídalas. Leia aqui o texto
Quem tem que falar vários idiomas são os tradutores, os presidentes devem falar em seus idiomas natais, exceto se forem conversas de foros íntimos.
Pega na Mentira
"Brasília, 18/10/2002 - A secretária municipal de Educação de São Paulo, Eny Marisa Maia, ajuizou representação (596) no Tribunal Superior Eleitoral pedindo direito de resposta no programa do presidenciável José Serra, da Coligação Grande Aliança. O relator é o ministro Gerardo Grossi.
Segundo a secretária, no último dia 16, o programa do candidato tucano divulgou informações inverídicas sobre a política educacional na cidade de São Paulo ao afirmar que 26 mil crianças ficaram fora da escola este ano por falta de vagas e que nas creches o déficit é de 100 mil vagas.
Esclarece a secretária, que a demanda pelas vagas nas escolas e creches municipais não foi criada na atual administração mas que a Prefeitura se comprometeu, em abril deste ano, a criar 43.200 vagas para educação infantil, a serem entregues até julho de 2003. E que até o fim do ano serão entregues 26 Centros de Educação Infantil e 17 escolas municipais de ensino infantil, o que resultará na criação de 22 mil vagas para crianças de zero a seis anos."
Vamos ver qual será o parecer do relator, visto que neste caso se trata de informação inverídica com claro conceito de caluniar a adminstração petista de São Paulo.
A verdade que o PSDB está morto de medo de perder SP.
"Brasília, 18/10/2002 - A secretária municipal de Educação de São Paulo, Eny Marisa Maia, ajuizou representação (596) no Tribunal Superior Eleitoral pedindo direito de resposta no programa do presidenciável José Serra, da Coligação Grande Aliança. O relator é o ministro Gerardo Grossi.
Segundo a secretária, no último dia 16, o programa do candidato tucano divulgou informações inverídicas sobre a política educacional na cidade de São Paulo ao afirmar que 26 mil crianças ficaram fora da escola este ano por falta de vagas e que nas creches o déficit é de 100 mil vagas.
Esclarece a secretária, que a demanda pelas vagas nas escolas e creches municipais não foi criada na atual administração mas que a Prefeitura se comprometeu, em abril deste ano, a criar 43.200 vagas para educação infantil, a serem entregues até julho de 2003. E que até o fim do ano serão entregues 26 Centros de Educação Infantil e 17 escolas municipais de ensino infantil, o que resultará na criação de 22 mil vagas para crianças de zero a seis anos."
Vamos ver qual será o parecer do relator, visto que neste caso se trata de informação inverídica com claro conceito de caluniar a adminstração petista de São Paulo.
A verdade que o PSDB está morto de medo de perder SP.
17 de out. de 2002
Retratos da Vida
O Terra fez uma enquete sobre qual seria a solução da violência no RJ. A grande vencedora foi colocar o exército nas ruascom quase 50% nas ruas. A segunda colocada foi a ocupação social nos morros com metade dos votos para o exército.
Como a internet é mais acessada pela classe média e alta, podemos afirmar que a velha estória de se ter dois tratamentos policiais vai virar rotina.
Blitz na Lagoa? Boa Noite
Blitz na Tijuca? Desce daí, malandro.
Aliás, este pensamento está proliferando. Um secretário inglês afirmou que deve haver duas políticas externas: uma para os países europeus e 'amigos' e outro para a gentalha. Para uns, vinho; para outros, água suja.
Tá foda
O Terra fez uma enquete sobre qual seria a solução da violência no RJ. A grande vencedora foi colocar o exército nas ruascom quase 50% nas ruas. A segunda colocada foi a ocupação social nos morros com metade dos votos para o exército.
Como a internet é mais acessada pela classe média e alta, podemos afirmar que a velha estória de se ter dois tratamentos policiais vai virar rotina.
Blitz na Lagoa? Boa Noite
Blitz na Tijuca? Desce daí, malandro.
Aliás, este pensamento está proliferando. Um secretário inglês afirmou que deve haver duas políticas externas: uma para os países europeus e 'amigos' e outro para a gentalha. Para uns, vinho; para outros, água suja.
Tá foda
Patrulhamento?
A Regina falou.
A oposição protestou.
Pronto. Se ela quis falar, tudo bem. A oposição também pode falar.
Só que esses mírdias apregoam que a esquerda está patrulhando, que será a volta da censura. Quem está censurando são eles, com mentiras nos noticiários, com mentiras para o povo. A inflação já voltou, e com eles.
Patrulhamento?
Babaquice de deseperado.
A Regina falou.
A oposição protestou.
Pronto. Se ela quis falar, tudo bem. A oposição também pode falar.
Só que esses mírdias apregoam que a esquerda está patrulhando, que será a volta da censura. Quem está censurando são eles, com mentiras nos noticiários, com mentiras para o povo. A inflação já voltou, e com eles.
Patrulhamento?
Babaquice de deseperado.
Ajuda do Midias começou... II
Cheguei tarde em casa e só consegui assistir ao pronunciamento final do Genoíno e do boa noite do âncora.
Só que o boa-noite foi falando que agradecia ao respeito dos candidatos pelo comparecimento ao debate,por terem mantido suas palavras.
Um tapa de luva no pelica no Lula. Tá foda.
Cheguei tarde em casa e só consegui assistir ao pronunciamento final do Genoíno e do boa noite do âncora.
Só que o boa-noite foi falando que agradecia ao respeito dos candidatos pelo comparecimento ao debate,por terem mantido suas palavras.
Um tapa de luva no pelica no Lula. Tá foda.
Ajuda do Midias começou...
No site do yahoo vem esta foto estampada ao lado do texto onde fala de um ato de apoio ao Serra no Rio.
O problema é que a foto está linkada para uma notícia de 30 de setembro, relacionada ao fechamento do tráfico.
Começou o jogo pesado. Vão ser 10 dias na baixaria. Como explicar a foto dos dois juntos?Assim,do nada. Será que ninguém teria outra foto do Serra, só aquela com ele e o Garotinho juntos.
No site do yahoo vem esta foto estampada ao lado do texto onde fala de um ato de apoio ao Serra no Rio.
O problema é que a foto está linkada para uma notícia de 30 de setembro, relacionada ao fechamento do tráfico.
Começou o jogo pesado. Vão ser 10 dias na baixaria. Como explicar a foto dos dois juntos?Assim,do nada. Será que ninguém teria outra foto do Serra, só aquela com ele e o Garotinho juntos.
15 de out. de 2002
Direto do Túnel do Tempo 04 - 09 - 1998 no Estadão
Pela primeira vez em nove ano, o "rating" dos títulos brasileiros foi rebaixado pela agência americana de classificação de risco Moody's Investors. Os títulos em moeda estrangeira passaram da categoria B1 para B2. A agência citou o crescente custo do déficit público e do déficit comercial como justificativas para o corte.
Taí, depois vão colocar a culpa na oposição
Pela primeira vez em nove ano, o "rating" dos títulos brasileiros foi rebaixado pela agência americana de classificação de risco Moody's Investors. Os títulos em moeda estrangeira passaram da categoria B1 para B2. A agência citou o crescente custo do déficit público e do déficit comercial como justificativas para o corte.
Taí, depois vão colocar a culpa na oposição
Direto do Túnel do Tempo 25 - 09 - 1998
"Sempre que o PT está em desvantagem na reta final de uma campanha eleitoral, Lula e seus aliados deixam de lado o confronto de idéias e partem para ataques pessoais. Quem pretende governador um país do tamanho do Brasil, num mundo turbulento como o de hoje, não pode perder o equilíbrio"
Disse um locutor do PSDB pelo direito de resposta adquirido pela truncagem que PT fizera do FH abaixando a cabeça, a truncagem levava a crer que FH abaixa a cabeça aos agiotas internacionais. O que é uma mentira, né.
"Sempre que o PT está em desvantagem na reta final de uma campanha eleitoral, Lula e seus aliados deixam de lado o confronto de idéias e partem para ataques pessoais. Quem pretende governador um país do tamanho do Brasil, num mundo turbulento como o de hoje, não pode perder o equilíbrio"
Disse um locutor do PSDB pelo direito de resposta adquirido pela truncagem que PT fizera do FH abaixando a cabeça, a truncagem levava a crer que FH abaixa a cabeça aos agiotas internacionais. O que é uma mentira, né.
11 de out. de 2002
É chamar o povo de otário
FH, em ritmo de campanha eleitoral, disparou a seguinte frase na inauguração do Rodoanel [a meninas dos olhos do Alckmin] em SP:
"Se for para mudar para pior, é melhor deixar como está" e depois emendou que a inauguração desta obra é um exemplo de gente que "fala, mas faz".
Quer dizer, é a velha história do quanto pior, melhor. Por isso que o dólar está tão alto. E o Serra vem dizendo que com ele o dólar abaixa. Será que com o Serra eleito o Brasil vai ficar melhor?
Bom,vamos ver:
•A petrobrás, passada as eleições, vai aumentar o combustível.
•As passagens dos transportes à gasolina também vão aumentar.
•Os alimentos, transportados por caminhões e furgões, também vão aumentar.
•Continuaremos seguindo a cartilha do Consenso de Washington.
•Os bancos continuarão tendo lucros fantásticos.
•Os salários continuarão achatados.
•Os grupos de mídia vão receber aquele quinhão do erário público, ou seja, o noticiário será benéfico ao governo.
E por aí vai.
Quem quer continuar a baixar a cabeça para os Estados Unidos, mesmo depois de terem quebrado o Japão, a Rússia, a Argentina e o Brasil, beleza. Cada cabeça uma sentença.
Agora dizer que o Lula o cenário vai ser um desastre é ser burro ou mal-intencionado.
O cenário já é um desastre.
Lembrem-se, no início do ano o governo falava se o Lula fosse eleito que o dólar subiria ao patamar de três reais. Que ilusão, o Lula não tem nada a ver com isso.
FH, em ritmo de campanha eleitoral, disparou a seguinte frase na inauguração do Rodoanel [a meninas dos olhos do Alckmin] em SP:
"Se for para mudar para pior, é melhor deixar como está" e depois emendou que a inauguração desta obra é um exemplo de gente que "fala, mas faz".
Quer dizer, é a velha história do quanto pior, melhor. Por isso que o dólar está tão alto. E o Serra vem dizendo que com ele o dólar abaixa. Será que com o Serra eleito o Brasil vai ficar melhor?
Bom,vamos ver:
•A petrobrás, passada as eleições, vai aumentar o combustível.
•As passagens dos transportes à gasolina também vão aumentar.
•Os alimentos, transportados por caminhões e furgões, também vão aumentar.
•Continuaremos seguindo a cartilha do Consenso de Washington.
•Os bancos continuarão tendo lucros fantásticos.
•Os salários continuarão achatados.
•Os grupos de mídia vão receber aquele quinhão do erário público, ou seja, o noticiário será benéfico ao governo.
E por aí vai.
Quem quer continuar a baixar a cabeça para os Estados Unidos, mesmo depois de terem quebrado o Japão, a Rússia, a Argentina e o Brasil, beleza. Cada cabeça uma sentença.
Agora dizer que o Lula o cenário vai ser um desastre é ser burro ou mal-intencionado.
O cenário já é um desastre.
Lembrem-se, no início do ano o governo falava se o Lula fosse eleito que o dólar subiria ao patamar de três reais. Que ilusão, o Lula não tem nada a ver com isso.
9 de out. de 2002
O feitiço vira contra...
Primeiro foi o pouco tempo de horário eleitoral. Agora será os debates.
Quando estavam por cima da carcaça, faziam o que bem queriam. Agora vão ver como é ser oposição. E nem podem afirmar que o Lula está sendo menos diplomático, democrático do que FH.
Agora pedirem 4 debates é ridículo. Ninguém, em sã consciência, aceitaria isso. E, afinal, pode-se dizer: ou um ou nenhum.
Primeiro foi o pouco tempo de horário eleitoral. Agora será os debates.
Quando estavam por cima da carcaça, faziam o que bem queriam. Agora vão ver como é ser oposição. E nem podem afirmar que o Lula está sendo menos diplomático, democrático do que FH.
Agora pedirem 4 debates é ridículo. Ninguém, em sã consciência, aceitaria isso. E, afinal, pode-se dizer: ou um ou nenhum.
O 2º Turno
Incrível como é difícil a leitura de jornal, mesmo para alguém conhecedor das diabruras dos editores e jornlistazinhos. O Globo, ontem, fazia duas colunas sobre Lula e Serra e as possíveis alianças [anteontem não haviam decidido alianças].
Na coluna do PT falava de Sarney, ACM, Freire e na do Serra falavam em PMDB (com dissidências), PFL (com dissidências).
Ora, a regra deveria ter sido aplicada para os dois. O PMDB de Sarney não é só a figura do ex-presidente, engloba uma série de quadros. E o mesmo se plica ao ACM. Sem contar que não pôs o PPS apoiando, mas falou do presidente do partido.
Estranho, a regra para por o PMDB (com dissidências) foi do fato do presidente do partido ter declarado apoio. E o caso do PPS onde o presidente deste partido charada [ninguém consegue decifrá-lo] declarou apoio ao Lula. Porque não citaram o PPS como apoiando o Lula.
Cartas à redação, por favor
Incrível como é difícil a leitura de jornal, mesmo para alguém conhecedor das diabruras dos editores e jornlistazinhos. O Globo, ontem, fazia duas colunas sobre Lula e Serra e as possíveis alianças [anteontem não haviam decidido alianças].
Na coluna do PT falava de Sarney, ACM, Freire e na do Serra falavam em PMDB (com dissidências), PFL (com dissidências).
Ora, a regra deveria ter sido aplicada para os dois. O PMDB de Sarney não é só a figura do ex-presidente, engloba uma série de quadros. E o mesmo se plica ao ACM. Sem contar que não pôs o PPS apoiando, mas falou do presidente do partido.
Estranho, a regra para por o PMDB (com dissidências) foi do fato do presidente do partido ter declarado apoio. E o caso do PPS onde o presidente deste partido charada [ninguém consegue decifrá-lo] declarou apoio ao Lula. Porque não citaram o PPS como apoiando o Lula.
Cartas à redação, por favor
Carta à Elio Gaspari
Lendo sua coluna fico a pensar: porquê esse patrulhamento pequeno e mesquinho?
Vamos ao ponto: Lula foi presenteado com uma garrafa de U$ 6500 e o colunista afirma que Lula deveria leiloá-la, pois não condiz com o discurso que prega aos pobres brasileiros.
Ele diz primeiro que candidato francês só beberia se fosse oferecido pelo dono da vinícola e que governante de país rico não bebe este caro vinho. Começando a querer fazer a tão chamada desconstrução do candidato petista. A de que Lula não é nem será estadista.
Depois fala sobre a incoerência do discurso dos pobres do Brasil e "depois vá molhar as trufas do ravióli com uma garrafa de Romanée-Conti à mesa".
Engraçado, nunca o vi citar que FFHH (plagiando descaradamente) só conseguiu os títulos honoris causa nas Universidades do mundo pelo grau do executivo que conseguiu chegar. Se fosse depender de sua performance de catedrático teria o fim profético do professor universitario que FFHH tanto atacou: de pobres, do espírito, da mente e do bolso.
Desproposital o texto do Gaspari como uma casca de banana na rua: só para derrubar otário.
Lendo sua coluna fico a pensar: porquê esse patrulhamento pequeno e mesquinho?
Vamos ao ponto: Lula foi presenteado com uma garrafa de U$ 6500 e o colunista afirma que Lula deveria leiloá-la, pois não condiz com o discurso que prega aos pobres brasileiros.
Ele diz primeiro que candidato francês só beberia se fosse oferecido pelo dono da vinícola e que governante de país rico não bebe este caro vinho. Começando a querer fazer a tão chamada desconstrução do candidato petista. A de que Lula não é nem será estadista.
Depois fala sobre a incoerência do discurso dos pobres do Brasil e "depois vá molhar as trufas do ravióli com uma garrafa de Romanée-Conti à mesa".
Engraçado, nunca o vi citar que FFHH (plagiando descaradamente) só conseguiu os títulos honoris causa nas Universidades do mundo pelo grau do executivo que conseguiu chegar. Se fosse depender de sua performance de catedrático teria o fim profético do professor universitario que FFHH tanto atacou: de pobres, do espírito, da mente e do bolso.
Desproposital o texto do Gaspari como uma casca de banana na rua: só para derrubar otário.
8 de out. de 2002
Que papo, hein?
Tô cansado de escutar o discurso do Sr. Olheiras, me dá nojo aquela voz ritmada por Nizan, as mentiras que levanta.
Ele vem com o papo de que a oposição fala sobre os problemas passados do país e não discute o futuro. Mas, ao mesmo tempo, critica o PT pelo seu passado. Ou seja, a regra vale para os outros e não para ele.
E até hoje não vi nenhum dos grandes periódicos falar sobre essa discrepância no discurso serrista.
Tô ficando com tanto nojo, que mais do que o Lula ganhar, eu quero que o Serra perca de feio, com menos voto do que teve no 1º turno.
Tô cansado de escutar o discurso do Sr. Olheiras, me dá nojo aquela voz ritmada por Nizan, as mentiras que levanta.
Ele vem com o papo de que a oposição fala sobre os problemas passados do país e não discute o futuro. Mas, ao mesmo tempo, critica o PT pelo seu passado. Ou seja, a regra vale para os outros e não para ele.
E até hoje não vi nenhum dos grandes periódicos falar sobre essa discrepância no discurso serrista.
Tô ficando com tanto nojo, que mais do que o Lula ganhar, eu quero que o Serra perca de feio, com menos voto do que teve no 1º turno.
7 de out. de 2002
Bem que eu postei
No dia 05 do mês passado havia escrito sobre o tempo de duração nessas eleições casadas e tinha chegado a conclusão que durariam 21 horas.
Vejam só.
No dia 05 do mês passado havia escrito sobre o tempo de duração nessas eleições casadas e tinha chegado a conclusão que durariam 21 horas.
Vejam só.
Mortos e Feridos
Brizola e Artur da Távola já vão tarde. Apesar que o segundo vai abocanhar alguma secretaria, o primeiro deveria pedir aposentadoria. Falam para mim que deveria ter votado no Brizola, pois o Crivella é pior.
Brizola é muito pior. Criou o césar maia e criou o Garotinho. O Crivella é cria de outro. Sinceramente, prefiro acabar com o Criador do que com as criaturas.
Engulam pedetistas, não adianta a retórica da história do caudilho, pois dela ela já se desgarrou faz muito. O estado em que o Rio se encontra tão mal representado é sinal da incompetência de TODOS os governos anteriores. E essa parte da história, os pedetistas não gostasm de contar, acho triste a totemficação política, aliás, o PDT poderia aproveitar e mumificar o Brizola. Já vai tarde.
Os evangélicos é que cresceram assutadoramente em todo o Brasil. Fizeram de 4 a 5 senadores, não sei quantos deputados. vai ser uma grande força política, porém que tipo de força será, ninguém sabe.
Brizola e Artur da Távola já vão tarde. Apesar que o segundo vai abocanhar alguma secretaria, o primeiro deveria pedir aposentadoria. Falam para mim que deveria ter votado no Brizola, pois o Crivella é pior.
Brizola é muito pior. Criou o césar maia e criou o Garotinho. O Crivella é cria de outro. Sinceramente, prefiro acabar com o Criador do que com as criaturas.
Engulam pedetistas, não adianta a retórica da história do caudilho, pois dela ela já se desgarrou faz muito. O estado em que o Rio se encontra tão mal representado é sinal da incompetência de TODOS os governos anteriores. E essa parte da história, os pedetistas não gostasm de contar, acho triste a totemficação política, aliás, o PDT poderia aproveitar e mumificar o Brizola. Já vai tarde.
Os evangélicos é que cresceram assutadoramente em todo o Brasil. Fizeram de 4 a 5 senadores, não sei quantos deputados. vai ser uma grande força política, porém que tipo de força será, ninguém sabe.
E lá vamos nós
Mais um round começa na vida de todos os brasileiros, o 2º turno virá e com ele toda a sorte de baboseiras sobre o Lula.
Impressionante, Míriam Leitão era só sorrisos, assim como todos os eleitores de Serra. Bóris Casoy, ontem, só faltou vestir a camisa 45 ao entrevistar o Suplicy Pai. O Estadão veio com a manchete "Serra e Lula no 2º turno". FH já falou que Lula precisa ser mais claro e obetivo. E em todos os órgãos a matéria a ser seguida é a melancolia dos petistas com o 2º turno.
Fala sério, o PT elegeu 10 senadores; disputará o 2º turno em 9 estados só contra o PSDB; Lula obteve 46,7% dos votos válidos; a bancada federal do PT será uma super bancada e a onda vermelha tomou conta do país e promoveu uma sacudidela linda de se ver.
O pau ai cantar bonito, mas insisto que dificilmente o Lula perderá.
Mais um round começa na vida de todos os brasileiros, o 2º turno virá e com ele toda a sorte de baboseiras sobre o Lula.
Impressionante, Míriam Leitão era só sorrisos, assim como todos os eleitores de Serra. Bóris Casoy, ontem, só faltou vestir a camisa 45 ao entrevistar o Suplicy Pai. O Estadão veio com a manchete "Serra e Lula no 2º turno". FH já falou que Lula precisa ser mais claro e obetivo. E em todos os órgãos a matéria a ser seguida é a melancolia dos petistas com o 2º turno.
Fala sério, o PT elegeu 10 senadores; disputará o 2º turno em 9 estados só contra o PSDB; Lula obteve 46,7% dos votos válidos; a bancada federal do PT será uma super bancada e a onda vermelha tomou conta do país e promoveu uma sacudidela linda de se ver.
O pau ai cantar bonito, mas insisto que dificilmente o Lula perderá.
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