7 de out. de 2003

Será que estou errado?

Analisando estes últimos meses posso perceber a grande diferença do tratamento com o atual governo e seu partido com o governo passado.

Na época de FH havia aquela aura de proteção, uma blindagem muito bem arquitetada, que permitia às críticas acontecerem, mas os seus aspectos negativos (queda de popularidade) não resvalavam diretamente sobre o presidente ou sobre o PSDB. O jogo sujo era direcionado aos aliados, tendo o Toninho Malvadeza, seu filho falecido e outros pilares da direita e centro-direita tupiniquim.

Hoje a porrada é toda em cima do PT. Insistem em vender o peixe de que o PT mudou, de que agora que está no poder procura manter a política econômica do governo passado cujo combate sempre promoveu. De dizer que o governo atual pratica o fisiologismo, de que se alia com velhos inimigos. E, ao mesmo tempo, começam a pipocar notícias (Beting e Míriam Leitão, 05/10/03) de que o real foi a reengenharia necessária para o expurgo da inflação e da construção de uma sólida base para o desenvolvimento do Brasil.

É verdade que hoje, 2003, o Brasil exportou em todas áreas (primários, secundários e terciários) e em todas com louvor. Mas creditar isso à octatéride efeagaciana é ilusório e mentiroso. O ano de 2002 foi um desastre que só não foi pior porque o Lula se elegeu e 2003 deve a melhora ao novo presidente. O Plano Real conseguiu conter a inflação, mas ela havia voltado. Assim como no Plano Cruzado foi o Real, bom no início, mas devido ao propósito eleitoreiro a tendência ao fracasso viria com o tempo.

Mas as eleições municipais se avizinham e chumbo grosso va vir por aí. E como sempre a nossa mídia não ficará em cima do muro.

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