Novo acordo
Agora que o presidente do BC, Armínio Fraga, resolveu confirmar oficialmente as negociações com o FMI, começam a vazar itens do novo acordo. Vamos aqui a três deles, discutidos nas conversas entre integrantes do sistema financeiro e Anne Krueger, do FMI
e também Armínio Fraga, do BC.
O primeiro diz respeito ao delocamento, por 18 meses do pagamento de juros da dívida externa prevista para o ano de 2003. Esse descolamento empurraria uma soma de US$ 11 bilhões de débitos com instituições multilaterais para frente. A medida agradaria todos candidatos à Presidência da República fornecendo oxigênio vital para quem vencer as eleições.
A segunda proposta se concentra na redução do piso de reservas líquidas exigidas pelo FMI de US$ 15 bilhões para US$ 12 bilhões
permitindo maior flexibilidade ao BC.
A terceira proposta também tem a ver com a liquidez do sistema. Ela sugere que o FMI permita o fornecimento de linhas externas pelo BC de maneira que essa conta não entre na subtração do piso da reservas líquidas determinado pelo fundo. Isto é, ao fazer as vezes do financiador de operações externas comerciais que sumiram, o BC não teria como freio, o piso das reservas líquidas.
Essa talvez seja a sugestão mais importante para o curto prazo diante da atual excassez de linhas comerciais, escassez essa que não dá sinais, por ora, de qualquer reversão. As três medidas, pelo que se apurou, independem de uma concordância formal por parte dos candidatos a Presidência da República.
Sônia Racy para o Edição Nacional da TVE-RJ
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