27 de mai. de 2003

Quanto vale publicar um editorial no JB?

""Intervenção e risco" - Pode-se discutir tudo em relação à telefonia no Brasil: interconexão de redes, modelo de tarifação e concorrência, ou ampliação da possibilidade de escolha entre operadoras. Toda discussão é oportuna.

O que não se pode é deixar de reconhecer que o setor, desde sua privatização em 1998, vem passando por verdadeira revolução modernizadora, cujos benefícios imediatos são percebidos pelos consumidores. (...)

A questão é antiga. Saber em que termos e limites deve se dar a intervenção do Estado no domínio econômico. Bem conduzido - como ocorreu no caso da telefonia - um programa de privatização desonera o Governo da obrigação de prover serviços essenciais, liberando o Estado para o cumprimento mais eficaz de funções típicas e indelegáveis. Como a segurança, por exemplo. (...) (pág. 14)"

Bem, se o editor acha realmente sério o que escreveu acima, palmas para ele, deve estar ficando rico sem precisar gastar a sua massa cinzenta. Aliás, vejo na grande imprensa uma vontade muito grande em defender tanto as privatiza~ções quanto as agências reguladoras.

O caso da telefonia é uma vergonha, os serviços são caros, monopolizado ao extremo, a cada dia é mais oneroso ao cliente comum sustentar este tipo de serviço. A briga em relação aos provedores está começando a fazer barulho. Naõ adianta achar que o mercado será o grande regulador de tudo, porque ele já mostrou que, no máximo, consegue ser o grande fudedor de tudo.

Na geração de energia também é incrível o que aconteceu. Fraude na licitação, má formulação do papel do governo em relação às empresas geradoras está gernado um déficit de 8 bilhões, onde o consumidor é quem paga.

Sério, este editor ou mora na Suíça ou quer ir para lá.

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