1 de fev. de 2003

"A história se realiza de tal modo que o resultado final se desprende sempre dos conflitos entre um grande número de vontades individuais produzidas por uma grande quantidade de condições particulares de existência: um grupo infinito de paralelogramos de forças donde sai uma resultante, o acontecimento histórico"
Friedrich Engels, Carta a J. Bloch, 1890

Recebi o texto que Fiori publicará na próxima Carta Capital e fico feliz por não estar maluco sozinho. Muito me agrediram por ser governista, por defender este governo que se incipia neste imenso país. Muito agredi por não entender como as pessoas que tanto lutaram por um novo país, fossem capaz de não ceder um milimésimo de suas convicções em prol deste esboço de projeto para nossa nação.

Não se faz um país só com vontades, apesar que esta é o Norte de nossa política. Têm que ter a vontade de mudar, mas mudar com coerência, com zelo, afinal o MUDAR significa o novo. E o novo é vontade política de mudar, como bem disse Palocci a bancada do PT, o orçamento é o mesmo, a rigidez fiscal será a mesma, a diferença é que os recursos para ação social não serão apêndices ou adereços do esforço de controlar a economia.

Ao falar sobre as taxas de juros na história da América Latina Fiori assim escreve: "Em quase todo o período as taxas de juro foram sistematicamente superiores às taxas de inflação e crescimento, tanto nos tempos de crise como nos anos de bonança financeira, independentes do tamanho da receita ou dos superávits primários que fossem obtidos. Portanto, o que Palocci mostra em seu discurso de entrega do relatório Final da Transição, é que ''deixemos de ilusões porque os últimos oito anos foram muito ruins, e o governo Lula foi eleito para mudar o que comprovadamente não deu certo". "

Já perto do final, explica o novo modelo como uma concepção de desenvolvimento, de planejamento e de nação completamente distinta da cartiha neoliberal, e também do antigo nacional-desenvolvimento.

Amém Fiori, amém.

Depois publico o texto na íntegra.

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