Edição Nacional de hoje
1. BOJUNGA:
O presidente Bush disse que se deve encarar o pacote econômico de redução nos impostos como estímulo à economia, não como tratamento privilegiado aos ricos. Difícil engolir essa: em vez de focado nos desempregados ou de tentar estimular a demanda como um todo, as benesses vão para a camada mais afluente da população _ aquela que financiou a eleição de Bush.
Paul Krugman sustenta no New York Times que mais da metade dos benefícios irão para os que ganham mais de 200 mil dólares por ano, e um quarto para os que recebem mais de um milhão de dólares anuais. É a velha tese republicana de que a economia se conserta sozinha, combinada com a perspectiva da eleição presidencial de 2004. Bush está obcecado com a derrota de seu pai em 1992, quando Bush sênior descuidou da agenda econômica.
Analistas acham que a jogada de Bush arrisca de dar certo: os democratas não podem faturar politicamente a medida por que carecem de um plano alternativo, apenas uma "faríamos algo semelhante, só que de forma mais suave" postura que nos Estados Unidos é a marca do partido perdedor.
O Financial Times avança um diagnóstico mais ousado: a relativa paz social entre as classes nos Estados Unidos estaria relacionada à crença do operariado e das classes médias de que há mobilidade social suficiente para aspirarem à riqueza, em vez de cultivarem a idéia mais européia de destruir os ricos. Este pacote pode estar minando essa crença e seu resultado pode ser perigoso a longo prazo.
2. ANCELMO:
Em junho passado, o especulador George Soros disse que o "o Brasil estava condenado a eleger José Serra ou a mergulhar no caos, assim que um eventual governo Luiz Inácio Lula da Silva se instalar". Lula se instalou , a bolsa sobe, o risco Brasil e o dólar caem. Gente, é claro que ainda é muito cedo para cantar vitórias do governo Lula. E que muita água ainda vai passar de baixo dessa ponte. Mas ver quebrar a cara uma profecia de Soros, que no passado parecia se divertir em destruir país na roleta financeira, é como aquele anúncio do MasterCard, não tem preço.
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O Ancelmo e o Bojunga estão de arrasar hoje.
E vou te falar que o Ancelmo está certíssimo, Quem com ferro fere... Já o Bojunga eu guardava um quê de mágoa, pois me parecia que estava oficioso em demasia. Mas, volta a estar tudo como dantes no quartel de Abrantes.
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