30 de jan. de 2003

Sandices de um jornalismo dicotômico
Ou técnicas de um farsante

A separação dicotômica do mundo é sempre proposta por este embuste de colunista chamado Sandro Guidalli. Não satisfeito de ter copiado o texto de seu guru, Olavão, na semana passada, escreve hoje que a imprensa brasileira se baseia num esquema pueril do tipo bandido versus mocinho ou anjo versus demônio. Como exemplo cita a cobertura do fórum mundial social.

Para Guidalli, o mundo realmente se divide em mocinhos e bandidos. Sua mente, confusa, não consegue perceber todos os meandros em que se insere a nossa sociedade. Não consegue perceber os poderes por detrás das prensas e crê que os repórteres aprovam os textos e pautam as redações. De que a mídia que ele exalta, Washington Times, pertence ao reverendo Moon, que como os nossos pastores evangélicos deturpam todas as mensagens. Cresceu na desinformação e não acredita numa mídia livre.
Para efeito de ilustração, cito o governo dos EUA que primeiro assumiu poder vazar informações inverídicas para que fossem usadas como contra-informação para tempos de guerra. Como os EUA já vivem sob estado de guerra, como poderemos saber o que é verdade?

Este sujeito ainda ataca um dos pilares do bom jornalismo, o LMD, onde existe a única redação que não é pautada pelo Diretor de Marketing. E você gostaria de algo mais isento do que esse? O mais engraçado é que ele cita o exemplo de como escrever à la olavão: o elemento farsesco. Todo o texto dele ele sempre utiliza este recurso. Estou pensando em escrever ao comunique-se para registrar este caso: o Sr. Guidalli utiliza elementos farsescos na produção de seus textos e pedir sua retirada do corpo de colunistas.

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