16 de jan. de 2003

O (des)Governo de Rosinha

É impressionante o escândalo dos fiscais aqui no RJ. Só as explicações sobre as nomeações deste Silveirinha são de uma comicidade atroz, não fosse a penúria que vive nosso povo e Estado. Na matéria de hoje (16/01/03), Rosinha veio com a frase de que o dinheiro "não foi tirado dos cofres públicos, ele deixou de entrar". Peraí, o planejamento do Estado inclui o dinheiro que vai entrar, se deixou de entrar por falcatruas de seus agentes fiscais é chamado de roubo do Erário.

Depois a 'batata quente' de saber quem foi que nomeou o famigerado. Garotinho empurrou para Sasso que devolveu-lhe a bola, dizendo que só o conheceu através do ex-governador. Este sujeito Silveirinha foi o caixa de campanha de Rosinha, mas mesmo assim ela negou-o conhecer "a fundo". Nomeou-o diretor do CODIN e mesmo assim dizia desconhecer aquela pessoa alegando terem sido os cargos prenchidos por critérios técnicos. A governadora, então, desconhece o prórpio quadro que trabalha com ela.

E agora o escândalo continua com a mulher do famigerado, Silvana, que era uma péssima funcionária pública, foi posta em disponibilidade e, uma semana depois, contratada como assessora da Presidência da ALERJ (Serginho Cabral era o presidente) com um salário maior que o anterior. O melhor vem agora, há nove dias, a mulher de Silveirinha chegou a ser nomeada consultora parlamentar do gabinete de Sérgio Cabral Filho (PMDB), com remuneração de cerca de R$ 4 mil. A promoção, no entanto, foi cancelada no dia seguinte, quando as denúncias contra Rodrigo Silveirinha vieram à tona.

E Sergio Cabral Filho diz que numa infeliz coincidência o Diário Oficial do Poder Legislativo do Rio trouxe, por erro, na edição do dia 7, a nomeação da mulher de Rodrigo Silveirinha no gabinete do próprio Cabral.

A MÁ sorte do deputado terminou aproximando-o involuntariamente de alguém da família de um suposto corrupto, suspeito de coletar gordas propinas de empresas contribuintes do ICMS. Mas, atento, Sérgio Cabral revogou o ato no dia 8, quando o caso estourou.

Sei não, mas acho que a desventura deste governo vai empurrar o RIo de Janeiro para um buraco pior, mas muito pior, do que o do segundo governo de Leonel Brizola. Parece que Garotinho devia esta AULA ao seu antigo mestre.

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